Guedes: abril foi fundo do poço, maio teve ligeira recuperação e junho acelerou

Publicado em 05/07/2020 10:13 e atualizado em 05/07/2020 12:49

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os primeiros indicadores mostram recuperação da economia brasileira em junho. Em evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib), o ministro disse que dados de arrecadação de impostos e notas fiscais eletrônicas mostram o comércio em junho mais elevado do que no mesmo mês do ano passado.

"Abril foi o fundo do poço, maio começou ligeira recuperação e junho acelerou", afirmou. O ministro acrescentou que não houve impacto da pandemia em alguns setores, como a construção civil.

De acordo com Guedes, antes da pandemia o Brasil estava em "rota de crescimento de 2,5%". Depois de o IBGE divulgar que o PIB do país cresceu 1,1% em 2019, Guedes disse acreditar que esse número será revisto para cima. O IBGE costuma revisar o dado do ano anterior no segundo semestre.

Na live, Guedes disse que o governo está dedicado a combater trajetória de gastos excessivos e que a reforma administrativa ainda está na pauta. "Voltaremos ao assunto ainda neste governo", afirmou.

Ele citou que a pandemia acelerou um processo de queda de juros, que já vinha acontecendo e que esse cenário de juro baixo e câmbio alto é melhor para a indústria.

Guedes: Marcos regulatórios podem ser aprovados em 60 a 90 dias

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os projetos do chamado pacto federativo "não são prioridade agora" e que pretende avançar nos próximos "60 a 90 dias" com a modernização de marcos regulatórios.

Ele reforçou a necessidade de aprovação de novas regras para a atração dos recursos privados e citou as regras do setor de petróleo e gás. "O marco regulatório do petróleo não é satisfatório, queremos mudar de partilha para a concessão", afirmou, em evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib).

De acordo com o ministro, esses projetos podem ser aprovados em até três meses. O ministro também citou o projeto de autonomia do Banco Central entre as prioridades do governo nos próximos meses.

Guedes voltou a dizer que, mesmo se o governo triplicasse o investimento público, não seria suficiente para a necessidade da economia brasileira. "O governo não tem recurso para gastar em infraestrutura, precisamos atrair capitais".

Guedes: Vamos entrar com aumento de imposto sobre dividendos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo incluirá tributação de dividendos na reforma tributária. "Não quero tributar empresa, mas se o dinheiro sair para o acionista, aí você tributa o dividendo. Não é possível que alguém pague zero sobre dividendo enquanto o trabalhador paga 27,5%", afirmou


Em evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib), o ministro disse que quer, nos próximos dois a três meses "ir entrando na reforma tributaria". Ele acrescentou que a ideia é apresentar o IVA Federal (Imposto sobre Valor Agregado) e reduzir ao longo do tempo impostos sobre pessoas jurídicas.

Guedes rebateu ainda as críticas de que a reforma tributária está atrasada em um ano. "É uma politização do que realmente ocorreu", afirmou.

Guedes: Vamos lançar Renda Brasil com valor mais alto que Bolsa Família

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo criará um novo programa social, Renda Brasil, que, além do público atual do Bolsa Família, também incluirá trabalhadores que hoje exercem atividades informais.

Em evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib), o ministro disse querer "dignificar" essas atividades e que é preciso dar ferramentas para os trabalhadores saírem da assistência social.

"Qualquer brasileiro que cair, em qualquer momento, ele cai no Renda Brasil. Mas se ele não tiver mutilações físicas, defeitos que o impeçam... Às vezes é um idoso, mutilado, que vende bala no sinal, aí talvez não consiga ser empregado e merece ser amparado no Renda Brasil. Mas o outro, mais jovem, pode ter caído emergencialmente. Temos que ter as ferramentas para ele sair da assistência social", disse.

O ministro afirmou que o Renda Brasil reunirá programas sociais existentes e terá valor mais alto do que o Bolsa Família.

Guedes: Presidente está determinado a seguir em frente com reformas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 3, que o presidente Jair Bolsonaro está "determinado" a continuar com as reformas estruturais. Em live promovida pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Guedes voltou a traçar um prognóstico positivo para a recuperação da atividade econômica após o momento mais dramático dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

"O presidente está determinado a seguir em frente (com reformas), e o Congresso é reformista", disse Guedes, logo após dizer que o Brasil vai "surpreender o mundo" com sua dinâmica política.

No mês passado, Bolsonaro disse que a reforma administrativa deve ser enviada apenas no ano que vem e defendeu uma versão "enxuta" da reforma tributária. Hoje, o ministro da Economia disse que a reforma administrativa ainda está na pauta, mas não se comprometeu com datas de envio da proposta. "Voltaremos (ao assunto) ainda neste governo", afirmou.

Em seu diagnóstico para a retomada, Guedes disse que se o governo e o Congresso trabalharem fortemente nos próximos três ou quatro meses, haverá um cenário "muito favorável" para o ano que vem. "Aí sim podemos dizer que recuperação será em V", afirmou o ministro, reconhecendo que seria um V mais aberto (refletindo uma retomada um pouco mais lenta), "mas ainda em V"

Guedes admitiu que houve "semanas muito difíceis" em que o crédito não estava chegando na ponta, apesar das ações para garantir liquidez às empresas nesse momento de dificuldade. No entanto, ele afirmou que as medidas foram aprimoradas e que "nos próximos 60, 90 dias, o dinheiro terá chegado".

O ministro afirmou que a retomada das atividades precisa ser devagar para respeitar protocolos de saúde, mas garantiu que o governo não vai "ficar parado". "Nosso Congresso vai avançar com reformas que permitem destravar o horizonte de investimentos. Saneamento é só o começo", disse.

Guedes: Vamos entrar com aumento de imposto sobre dividendos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo incluirá tributação de dividendos na reforma tributária. "Não quero tributar empresa, mas se o dinheiro sair para o acionista, aí você tributa o dividendo. Não é possível que alguém pague zero sobre dividendo enquanto o trabalhador paga 27,5%", afirmou


Em evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib), o ministro disse que quer, nos próximos dois a três meses "ir entrando na reforma tributaria". Ele acrescentou que a ideia é apresentar o IVA Federal (Imposto sobre Valor Agregado) e reduzir ao longo do tempo impostos sobre pessoas jurídicas.

Guedes rebateu ainda as críticas de que a reforma tributária está atrasada em um ano. "É uma politização do que realmente ocorreu", afirmou.

 

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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