Venda de cimento no Brasil sobe a quase 6 mi de toneladas em julho

Publicado em 07/08/2020 20:22

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SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de cimento no Brasil subiram 18,9% em julho ante mesmo mês de 2019, para 5,9 milhões de toneladas, impulsionada por pequenas reformas e pelo setor imobiliário residencial, que segue mostrando avanços diante da queda de juros no país.

Segundo dados do sindicato que representa produtores de cimento no país, Snic, no acumulado do ano até julho, as vendas do insumo mostram evolução de 6,5% sobre o mesmo período de 2019, para 32,96 milhões de toneladas.

Em julho, todas as regiões do país mostraram crescimento no comparativo anual, com destaque para alta de quase 32% no Nordeste e expansão de 24,6% no Centro-Oeste. No Sudeste, as vendas subiram 14%, no Sul 12,6% e no Norte 21,7%.

O Snic afirmou que a autoconstrução (reformas) e obras do setor imobiliário residencial respondem por aproximadamente 80%da demanda por cimento no país.

"No caso da autoconstrução, o fato dos lares se transformarem ao mesmo tempo em local de trabalho e de lazer somado ao aumento da permanência das pessoas nesses espaços despertou a vontade em promoverem pequenas melhorias em suas casas", afirmou a entidade em comunicado.

O Snic citou ainda que micro e pequenas empresas também executaram reformas em seus estabelecimentos para se prepararem para a retomada das atividades. A entidade citou que as vendas de lojas de materiais de construção seguem em alta de dois dígitos há mais de três meses.

"De acordo com pesquisas do setor, apenas 2,9%das obras (no imobiliário residencial) permanecem paralisadas e cerca de 63 mil trabalhadores estão ativos nos canteiros de obras de todo país", afirmou a entidade.

O setor de construção civil é o que mais tem movimentado o mercado de capitais no país, com 13 de 24 empresas à espera de autorização para listagem de ações na bolsa de São Paulo, mesmo diante da crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Produção de veículos do Brasil sobe 73% em julho ante junho, diz Anfavea

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria brasileira de veículos seguiu em julho tendência iniciada com a flexibilização das medidas de isolamento social pelo país e elevou a produção em 73% sobre junho, incentivada por incremento de vendas no mercado interno e retorno de alguns embarques de exportação.

O setor produziu 170,3 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em julho, mas o volume ainda representa uma queda sobre o desempenho de um ano antes, de 36,2%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela associação que representa as montadoras, Anfavea.

"Praticamente todas as montadoras estão agora produzindo, mas num ritmo menor que antes", disse o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes. "As montadoras voltaram com um só turno e mesmo aquelas que voltaram com dois turnos, fizeram isso por conta dos cuidados para terem menos concentração de pessoas nas linhas de produção", acrescentou.

As vendas de julho subiram 31,4% sobre junho, terceira alta mensal consecutiva, para 174,5 mil unidades. Isso equivale a uma média por dia útil em julho de 7,6 mil veículos ante médias de 6,3 mil em junho e 10,6 mil em julho do ano passado.

No acumulado do ano sobre o mesmo período de 2019, a indústria mostra quedas de 48,3% na produção e de 36,6% nos licenciamentos.

A retração na atividade do setor implicou até agora demissões de 3.500 trabalhadores do setor, que encerrou julho com 122,5 mil postos de trabalho ocupados.

O setor tinha no mês passado estoque de montadoras e concessionárias 138,3 mil veículos novos, segundo dados da Anfavea, ante 157,6 mil em junho. Moraes afirmou que o volume de julho equivale a uma comercialização durante 24 dias e que a indústria está se ajustando para operar "neste novo ritmo do mercado".

Apesar disso, ele afirmou que ainda é cedo para fazer estimativas de desempenho do setor até o final do ano, diante das incertezas trazidas pelos impactos das medidas de isolamento social sobre a economia.

O executivo comentou ainda que os bancos voltaram a conceder financiamentos para aquisição de veículos, mas que os juros cobrados, em média, no crédito direto a consumidor (CDC) estão elevados, da ordem de 19% ao ano.

Na quarta-feira à noite, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros do país (Selic) para 2% ao ano.

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Fonte:
Reuters

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