Campanha de Trump diz que cédulas "depositadas ilegalmente" não devem ser contadas

Publicado em 04/11/2020 14:31 e atualizado em 04/11/2020 15:32

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WASHINGTON (Reuters) - A campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que moverá esforços jurídicos para garantir que os votos depositados legalmente --não os depositados ilegalmente-- na eleição presidencial norte-americana sejam contados, e disse esperar que ele seja reeleito mesmo que a apuração em Estados cruciais continue.

"Se apurarmos todas as cédulas legais, vencemos, o presidente vence", disse Bill Stepien a jornalistas em uma teleconferência.

Campanha de Trump diz que vai pedir recontagem imediata de votos em Wisconsin

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WASHINGTON (Reuters) - A campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá solicitar, de forma imediata, uma recontagem de votos no Estado de Wisconsin, embora os resultados das eleições presidenciais no Estado ainda não tenham sido finalizados.

"Tem havido relatos de irregularidades em vários condados de Wisconsin, que levantam sérias dúvidas sobre a validade dos resultados", disse o gerente de campanha, Bill Stepien, em um comunicado, sem fornecer detalhes de quaisquer relatos.

"O presidente está bastante dentro do limite para solicitar uma recontagem e faremos isso imediatamente."

Com 99% dos votos esperados apurados até o momento em Wisconsin, Biden tem 49,4% e Trump soma 48,8%, segundo a Edison Research.

Como a diferença entre Biden e Trump é menor que 1 ponto percentual, Trump pode pedir uma recontagem de votos.

Juiz estuda pedido republicano de suspensão de contagem de votos na Filadélfia

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(Reuters) - Um juiz federal do Estado norte-americano da Pensilvânia analisava nesta quarta-feira argumentos de republicanos que querem impedir um condado do subúrbio da Filadélfia de contar votos enviados pelo correio que os eleitores tiveram permissão de corrigir.

O juiz distrital Timothy Savage recebeu com ceticismo os argumentos do advogado dos requerentes, que advogados das autoridades eleitorais do condado de Montgomery e o Comitê Nacional Democrata disseram poder tirar dos eleitores o direito ao voto.

A decisão poderia ter implicações para a corrida presidencial entre o presidente republicano, Donald Trump, e seu rival democrata, Joe Biden.

Os resultados de vários Estados ainda não estão claros, e a Pensilvânia é um Estado crucial agora que os votos pelo correio estão sendo tabulados. Trump apareceu na Casa Branca na manhã desta quarta-feira para declarar vitória falsamente e fazer alegações infundadas de fraude eleitoral.

A ação civil da Pensilvânia foi apresentada por Kathy Barnette, comentarista política conservadora que projeções mostram estar perdendo a disputa por um assento na Câmara do 4º distrito congressual do Estado, e Clay Breece, presidente do Comitê Republicano do condado de Berks.

Eles acusaram as autoridades eleitorais do condado de Montgomery de terem "pré-analisado" cédulas ilegalmente em busca de erros e permitido que eleitores as corrigissem, e pediram uma liminar para suspender a contagem de tais votos.

Thomas Breth, um advogado dos requerentes, comparou o caso à eleição de 2000, quando a Suprema Corte arbitrou o caso Bush x Gore desencadeado por uma disputa sobre a contagem de votos na Flórida a favor do republicano George W. Bush.

"Dói para as pessoas mencionar Bush Gore, mas esta é a análise que se aplica", disse Breth.

"Isto está criando a mesma situação que a Flórida criou em 2000", com "todos aqueles condados diferentes tratando cédulas de maneiras não-uniformes. Existe um argumento forte de que se está votando duas vezes."

Mas Savage questionou Breth no tocante à justiça de se impedir os eleitores de corrigir erros em suas cédulas.

"Então o que acontece com o meu voto?", perguntou o juiz.

Breth disse que ele "pode ser anulado".

"Mas eu nunca tive a oportunidade" de corrigi-lo, disse Savage. "Estou perdendo meu voto."

As autoridades eleitorais replicaram que não houve violação da proteção igual da 14ª Emenda, e acusaram os requerentes de apresentarem uma ação civil de última hora para minar o direito ao voto dos eleitores.

Secretária de Estado de Michigan diz que espera ter resultado não oficial de votos até fim do dia

(Reuters) - Michigan, um Estado decisivo que ajudará a determinar quem ganha as eleições presidenciais dos Estados Unidos, ainda está contando "dezenas de milhares" de votos e espera ter um resultado não oficial até o final do dia, disse a secretária de Estado do Estado, Jocelyn Benson, a repórteres.

Noite da eleição atrai 22,8 milhões de telespectadores nos EUA, abaixo de 2016

LOS ANGELES (Reuters) - Estima-se que 22,8 milhões de pessoas acompanharam a apuração da eleição presidencial dos Estados Unidos pela televisão no país na noite de terça-feira, de acordo com números de audiência preliminares citados por Hollywood The Wrap e Hollywood Reporter, o que aponta que a audiência pode ter sido menor do que a da noite da eleição de 2016.

Os veículos mencionaram dados iniciais da consultoria Nielsen referentes a seis redes: ABC, Fox, NBC, CBS e os canais em espanhol Univisión e Telemundo.

O The Wrap disse que as cifras preliminares mostraram uma redução de vários milhões de telespectadores nas seis redes na comparação com dados iniciais relatados na noite da votação de quatro anos atrás.

Mas os dados não incluíram canais a cabo, e tampouco se esclareceu o período de tempo da programação, que se estendeu até as primeiras horas desta quarta-feira, e o desfecho da disputa entre o presidente Donald Trump, um republicano, e o desafiante democrata, Joe Biden, continua indefinido.

Espera-se um aumento dos números quando os dados finais da Nielsen a respeito de diversas redes forem divulgados ainda nesta quarta-feira.

De acordo com os dados finais de 2016, 71,4 milhões de pessoas acompanhavam em 13 redes quando Trump obteve uma vitória inesperada sobre a democrata Hillary Clinton. O recorde da noite da eleição foi estabelecido em 2008, quando 71,5 milhões de pessoas ligaram as televisões.

A audiência de TV tampouco computa a de plataformas de internet, que crescem em popularidade à medida que a TV tradicional perde força.

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Fonte:
Reuters

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