Disparada do comércio eletrônico faz Magazine Luiza lucrar 70% mais no 3º tri

Publicado em 09/11/2020 19:19

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SÃO PAULO (Reuters) - De carona na explosão do comércio eletrônico deflagrada pela pandemia da Covid-19, a varejista Magazine Luiza viu seu lucro ter forte alta no terceiro trimestre, apoiada também na reabertura de lojas físicas e na diluição de custos.

A companhia anunciou nesta segunda-feira que seu lucro líquido ajustado de julho a setembro atingiu 215,9 milhões de reais, um salto de 69,6% sobre um ano antes.

O salto de 148% ano a ano das vendas digitais da companhia, a 8,2 bilhões de reais, fez o canal responder por dois terços das vendas, um avanço de 18 pontos percentuais.

A companhia avalia ter tido ainda um ganho de 5,4 pontos percentuais ano a ano em sua área de atuação, refletindo entre outros fatores a integração de vendas online e lojas físicas, o que ganhou tração com a reabertura de pontos físicos, diante da flexibilização do quarentena adotada para conter a pandemia.

Segundo o presidente-executivo da companhia, Frederico Trajano, o Magazine Luiza se beneficiou também da integração de startups adquiridas nos últimos meses, o que ajudou a ampliar a base de vendedores terceiros no marketplace da varejista, ditando também ganhos de margem dado que as despesas cresceram em menor velocidade do que as receitas.

No trimestre, a receita líquida do grupo somou 8,3 bilhões de reais, alta de 70,8% ano a ano. Enquanto isso, a despesa operacional subiu 52,7%, a 1,68 bilhão de reais, passando a representar 20,3% da receita, ante 22,7% um ano antes.

"Com a integração das startups que compramos, temos possibilidade de diluir custos ainda mais", disse Trajano.

Nos últimos meses, o Magazine Luiza comprou seis startups que prestam serviços desde logística a educação para negócios, num esforço para expandir e melhorar a base de vendedores no marketplace, que era de 40 mil no fim de setembro.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou 41%, a 561,2 milhões de reais.

Um ponto que destoou do conjunto positivo do balanço foi a queda da margem Ebitda, de 8,2% para 6,8%, refletindo maiores gastos com melhoria do nível do serviço.

Segundo Trajano, com o crescimento do comércio eletrônico muito acima do previsto, alguns níveis de qualidade do serviço diminuíram, e a empresa percebeu que isso poderia se agravar com a volta das atividades das lojas físicas.

"Por isso, ampliamos rotas de viagens de veículos e contratamos mais gente", disse o executivo, referindo-se a um aumento de 3 mil funcionários no período.

No trimestre, o Magazine Luiza retomou o funcionamento integral de todas suas cerca de 1,1 mil lojas e abriu mais 81 unidades, entre lojas convencionais, quiosques e lojas virtuais.

Segundo Trajano, as datas de vendas no final do ano, incluindo Black Friday e Natal, devem ajudar a manter o ritmo de vendas do terceiro trimestre, com apoio ainda de fatores como o auxílio emergencial do governo.

"Para 2021, gostaríamos que o auxílio fosse mantido, mas acho que de todo modo teremos crescimento das nossas lojas físicas, porque a base de comparação com este ano será boa."

Lucro ajustado da XP mais que dobra no 3º tri

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SÃO PAULO (Reuters) - A maior companhia independente de investimentos da América Latina, XP, anunciou nesta segunda-feira que seu lucro mais do que dobrou no terceiro trimestre, e afirmou que planeja expandir sua rede de agentes autônomos para avançar sobre o mercado de bancos tradicionais.

O lucro líquido ajustado subiu para 570 milhões de reais no período, ante 261 milhões no mesmo período do ano passado.

O número total de clientes ativos da XP subiu 12% no trimestre, para 2,6 milhões, enquanto os ativos sob custódia cresceram 29%, para 563 bilhões de reais.

A margem líquida ajustada foi de 27,1% , queda de 2,3 pontos percentuais sobre o segundo trimestre, pressionada por investimentos em tecnologia, afirmou a XP.

A companhia planeja ampliar sua base de agentes autônomos e afirmou que em outubro esta base foi ampliada em 500 profissionais, totalizando mais de 7 mil.

"Mantemos mais de 659 pontos comerciais que estão bem posicionados para aproveitarmos oportunidades e continuarmos avançando sobre a participação dos bancos de varejo, que continuam a fechar agências, particularmente como resultado da expansão da digitalização gerada pela pandemia", disse a XP.

Mercado Livre recebe licença do BC para atuar como instituição financeira

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SÃO PAULO (Reuters) - O Mercado Livre anunciou nesta segunda-feira que recebeu aval do Banco Central para atuar como instituição financeira.

Segundo Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago, com a autorização, o grupoterá maior autonomia para formular produtos e serviços financeiros e de crédito.

"Além disso, poderá acessar fontes de financiamento diferentes, que complementarão a estratégia de funding da companhia", afirmou Oliveira em comunicado.

Estudo mostra aumento da compra em supermercados pela internet durante pandemia

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Um estudo elaborado pela empresa de benefícios Ticket mostra que houve um aumento da compra de itens de supermercados pela internet durante os meses de isolamento social por conta da pandemia de covid-19. A companhia fez um levantamento com 12 mil usuários do Ticket Alimentação em todo o País, e mais da metade destas pessoas passaram a fazer compras em mercados pelos canais digitais.

Ainda segundo a empresa, há um bom potencial de crescimento para as compras de itens básicos pela internet. Isso porque dos usuários ouvidos pela pesquisa, 66% afirmam que fazem compras online de maneira geral, mas somente 34% fazem isso em supermercados.

"A mudança na dinâmica do trabalho, com a introdução do home office pelas empresas durante o período de isolamento social, trouxe impactos imediatos à rotina de compras dos trabalhadores também nos aspectos relacionados à sua alimentação e nutrição", afirma Felipe Gomes, diretor-geral da Ticket.

E o hábito de fazer compras em supermercados online não deve ser deixado de lado pela grande maioria das pessoas que o adotaram. Dos usuários ouvidos pela Ticket, 10% afirmam que não pretendem manter este tipo de compra pelas vias digitais. Por outro lado, 52% garantem que vão continuar comprando em supermercados pela internet.

Entre as pessoas que mudaram a forma de adquirir alimentos em mercados por conta da pandemia, 48% disseram ter aderido às compras online e 27% aumentaram a frequência de consumo por vias digitais.

Quando questionados sobre fatores que favorecem esse hábito, as promoções são o principal fator, apontadas por 50% dos entrevistados. No sentido contrário, o custo do frete, os preços mais altos e a necessidade de desenvolver mais confiança na qualidade dos produtos comercializados pela internet são os aspectos principais para aqueles que disseram manter ou preferir a realização das compras presencialmente.

Em outro levantamento realizado pela Ticket, com os estabelecimentos comerciais, foi identificado que 44% dos comerciantes registraram um aumento nos pagamentos com benefícios durante a pandemia. Ainda de acordo com os dados levantados pela empresa, para que fosse possível manter as atividades, 89% dos donos admitiram a adoção de novas estratégias de vendas.

 

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Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo

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