País dividido: 45% acham que Bolsonaro age certo sobre vacinas, diz PoderData

Publicado em 22/01/2021 10:25 e atualizado em 23/01/2021 17:27
Taxa é igual à aprovação do governo; entre bolsonaristas, proporção é 85% (No Poder360).

Pesquisa PoderData mostra que 45% da população brasileira acha que o governo do presidente Jair Bolsonaro atuou de maneira correta para oferecer vacinas. Outros 44% dizem que a administração foi negligente.

O levantamento foi realizado de 18 a 20 de janeiro em 544 cidades e com 2.500 entrevistas. As taxas registraram leves variações em 1 mês. Todas as oscilações foram dentro da margem de erro do estudo, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, exceto a proporção de entrevistados que não souberam ou não quiseram responder, que caiu de 18% para 11%.

A proporção de brasileiros que acham que o Executivo agiu corretamente na distribuição de vacinas é a mesma registrada na avaliação do governo, que tem 45% de aprovação.

A Anvisa aprovou no domingo (17.jan.2021) o uso emergencial, em caráter experimental, da CoronaVac, vacina desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, e do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

No mesmo dia, a imunização foi iniciada, com pontapé inicial do governo de São Paulo, comandado por João Doria, adversário político de Jair Bolsonaro. Na 2ª e 3ª feira (18 e 19.jan), lote com quase 6 milhões de doses da CoronaVac foi enviado a todas as unidades da Federação.

A pesquisa foi realizada neste período, em que os Estados estavam começando a vacinar os profissionais de saúde, idosos em asilos e deficientes em instituições de longa permanência. Ficou em campo até a manhã de 4ª feira (20.jan).

O governo tentou nos últimos dias importar 2 milhões de doses da Índia, mas enfrentou problemas na liberação. Um avião já estava preparado para ir ao país, mas a operação teve de ser cancelada de última hora. Nesta 5ª feira (21.jan), autoridades indianas deram o aval, e a carga deve ser enviada na 6ª feira (22.jan).

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 544 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. (Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto).

Mesmo sem vacinas, Bolsonaro mantém taxas de aprovação e desaprovação

Jair Bolsonaro enfrenta um cenário político ruim neste início de 2021. A pandemia entrou numa fase com mais casos e mortes. O Ministério da Saúde não conseguiu vacinas a tempo e viu o governo do Estado de São Paulo, de João Doria (PSDB), sair na frente. Na internet, adversários do governo promovem um movimento a favor do impeachment do presidente. Ainda assim, as taxas de aprovação e desaprovação do governo de Bolsonaro se mantiveram no mesmo patamar do levantamento anterior, segundo pesquisa PoderData encerrada nesta 4ª feira (20.jan.2021).

A rigor, houve até variações positivas para Bolsonaro dentro da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais.

Há 15 dias, 52% desaprovavam o governo federal. Agora, no levantamento realizado em 18, 19 e 20 de janeiro, em 544 cidades e com 2.500 entrevistas, a taxa é de 48%.

A aprovação do governo hoje é de 45%, contra 44% há 15 dias. A oscilação também fica dentro da margem de erro.

O que pode explicar a manutenção das taxas de aprovação e de desaprovação do governo Bolsonaro apesar das notícias desfavoráveis ao presidente? Uma possibilidade pode ser o fato de Bolsonaro ter ficado quase em silêncio sobre vacinas desde o que em Brasília tem sido chamado de “Doria day” –o domingo (17.jan.2021), quando o tucano paulista fez grande evento para vacinar a 1ª pessoa no Brasil com a CoronaVac.

A outra possibilidade é que haja um descompasso entre o que aparece na mídia de maneira mais visível, com o noticiário quase sempre negativo, e o que pensa parte da população.

Mais pesquisas serão necessárias para aferir como será a tendência real da curva de aprovação do governo. Até porque é a partir de fevereiro que os brasileiros sentirão para valer o fim do auxílio emergencial que beneficiou cerca de 68 milhões de pessoas até o final de 2020.

Por ora, o que se nota é que a administração bolsonarista segue com um núcleo –de apoio sólido na faixa de 45% dos eleitores. E há uma parcela quase do mesmo tamanho (48%) que o rejeita.

DESEMPENHO PESSOAL

Quando o PoderData pergunta sobre o trabalho pessoal de Bolsonaro, há 5 categorias como opção de resposta: ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.

Nesse cenário, a situação também é de estabilidade, mas com percentuais negativos para o presidente. Os que o rejeitam são 43%, ante 44% no estudo anterior. Já os que disseram que Bolsonaro é ótimo ou bom são 35%, mesma proporção de 15 dias antes.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 18 a 20 de janeiro de 2021, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 544 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

PoderData: 78% dos brasileiros querem tomar vacina contra coronavírus

Pesquisa PoderData mostra que 78% dos brasileiros pretendem tomar alguma vacina contra a covid-19. A taxa teve variação positiva em relação ao levantamento anterior, quando 75% disseram que tomariam o imunizante. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

A taxa dos que rejeitam a vacinação para prevenir a contaminação pelo coronavírus teve queda de 5 pontos percentuais. Passou de 16% para 11% em 15 dias.

Os que não souberam ou preferiram não responder passaram de 9% para 11%.

Considerando a estratificação do levantamento por sexo, idade, região, escolaridade e renda, quem mais afirma que tomaria alguma vacina contra a covid-19 são:

  • homens (79%);

  • pessoas de 60 anos ou mais (87%);

  • quem tem ensino superior (88%);

  • moradores da região Sul (86%);

  • os que recebem mais de 10 salários mínimos (90%).

Quem mais rejeita a vacinação para evitar a contaminação pelo coronavírus são:

  • pessoas de 16 a 24 anos (22%);

  • os que têm só ensino fundamental (13%);

  • moradores da região Centro-Oeste (19%);

  • sem renda fixa (20%).

VACINAÇÃO NO BRASIL 💉

A vacinação contra o coronavírus começou nesta semana no Brasil com a distribuição de 6 milhões de doses da CoronaVac, importadas da China. Alguns grupos estão sendo vacinados com prioridade, como o de idosos, de pessoas com deficiência, de índios e profissionais de saúde da linha de frente.

No entanto, a expectativa é que a imunização só avance após o início da fabricação das vacinas no Instituto Butantan e na Fiocruz, que depende da chegada dos insumos ao país.

O Instituto Butantan é responsável pela produção da CoronaVac, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Os insumos devem ser importados da China. A liberação da importação pelo país chinês ainda está em negociação.

Já a Fiocruz coordena a produção da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Devem vir da Índia 2 milhões de doses do imunizante.

O governo enfrentava dificuldades para a importação desse lote, mas a Índia deu sinal verde nesta 5ª feira (21.jan).

No mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), há 61 vacinas sendo testadas em humanos e 172 em fases pré-clínicas, ou seja, sendo testadas em animais.

VACINAÇÃO X BOLSONARO

O PoderData mostra ainda que entre os que avaliam o trabalho do presidente Jair Bolsonaro como “ótimo” ou “bom”, 67% afirmam que tomariam alguma vacina contra a covid-19. A taxa teve variação positiva em relação ao último levantamento. Há 15 dias, era de 65%.

Nesse grupo, os que rejeitam o imunizante oscilou de 24% para 20%.

Bolsonaro minimiza a importância da vacinação para prevenir a contaminação pelo coronavírus. Em 23 de dezembro afirmou ainda que recebeu “a melhor vacina: o vírus”, acrescentando, segundos depois: “Sem efeito colateral”. Em outras oportunidades, também disse que não tomaria a vacina contra covid-19, porque já foi infectado.

Entre os que rejeitam o desempenho de Bolsonaro na Presidência (acham “ruim” ou “péssimo”), 85% afirmam que devem tomar o imunizante. Os que não pretendem são apenas 6%.

 

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

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Fonte:
Poder360

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