São Paulo muda cronograma e vacinação de idosos não tem data para começar
A mudança ocorreu após a venda, para o Ministério da Saúde, de todas as doses da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech com o Instituto Butantan.
Como o imunizante será oferecido no PNI (Programa Nacional de Imunização) pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a estratégia inicial anunciada pelo governo paulista foi suspensa, já que a definição de grupos prioritários e ciclos de vacinação fica sob responsabilidade do governo federal.
O planejamento traçado por São Paulo foi baseado na possibilidade de o Ministério da Saúde não comprar a CoronaVac, já que o próprio presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar a suspensão de compra do que chamou de “vacina da China”.
Com o negócio fechado e a aprovação de uso emergencial pela Anvisa, São Paulo ficou com 1,37 milhão das 6 milhões de doses prontas da CoronaVac que estavam no Instituto Butantan. O restante foi distribuído aos demais Estados por meio do governo federal.
Em dezembro, o PNI apresentado pelo Ministério da Saúde determinava, no 1º ciclo de imunização, o atendimento a idosos acima de 75 anos. O governo federal, no entanto, atualizou o documento e determinou que apenas idosos em asilos, indígenas e profissionais de saúde sejam incluídos entre os prioritários.
Com as mudanças, o começo da vacinação de idosos com mais de 75 anos, previsto inicialmente para 8 de fevereiro pelo governo de São Paulo, não tem mais previsão de ocorrer. Desde domingo (17.jan.2021), o governo de São Paulo vacina profissionais de saúde em unidades hospitalares da capital e do interior do Estado.
O Instituto Butantan tem 4,8 milhões de doses em fase final de produção e solicitou autorização da Anvisa para uso emergencial da nova remessa. O órgão afirmou que vai enviar 8,7 milhões de doses ao SUS em janeiro e, até abril, serão 46 milhões de doses.
A produção da CoronaVac, no entanto, depende da chegada de insumos vindos da China, que ainda não têm data para serem embarcados.
Donos de bares e restaurantes estimam a demissão de 20.000 com restrições em SP
Estado está em fase vermelha; Locais fechados a partir das 20h; E em fins de semana e feriados
Segundo a entidade, 50.000 estabelecimentos já fecharam no Estado desde o começo da pandemia. A ANR (Associação Nacional de Restaurante) afirma que 84.000 pessoas já perderam seus empregos.
O governo de João Doria (PSDB) determinou o fechamento do comércio não essencial, bares e restaurantes em todas as cidades paulistas a partir das 20h. Os estabelecimentos devem ficar fechados aos sábados, domingos e feriados. As medidas começam a valer na próxima 2ª feira (25.jan) e devem durar até 7 de fevereiro.
Em nota, a Abrasel declara que os estabelecimentos vinham cumprindo o protocolo de segurança para evitar a transmissão do coronavírus.
“Não contribuímos para a progressão da pandemia. Qualquer cidadão que frequenta restaurantes e bares que cumprem os protocolos sabe disso”, diz Percival Maricato, presidente da Abrasel,
Maricato afirma que o fechamento dos bares e restaurantes estimula a realização de festas clandestinas, que não cumprem as medidas de segurança.
A ANR também diz que o setor não é responsável pelo aumento no número de casos.
“Após a reabertura dos bares e restaurantes, com cumprimento de todos os protocolos de higiene, limitação de 40% das vagas e uso apenas das áreas internas, os casos passaram a cair gradativamente em São Paulo a partir de setembro e até o início de novembro. Ou seja, não há qualquer relação entre a abertura controlada de bares e restaurantes com a expansão da covid-19”, afirma a entidade em nota.
“Ao tomar decisões para início imediato, as autoridades certamente ignoram também que as empresas compram produtos perecíveis que, com o fechamento, não podem mais ser usados para o consumo após alguns dias. Mais um prejuízo que o governo estadual certamente ignora.”
Donos de bares e restaurantes protestaram na 6ª feira (22.), em São Paulo, contra a decisão de Doria. O protesto reuniu funcionários, gerentes e donos de estabelecimentos comerciais.
Doria se pronunciou sobre os protestos. “Não protestem pela morte, não contestem a vida. Estejam ao lado da medicina, da saúde, estejam ao lado da proteção, estejam ao lado da vida. Nós, aqui, continuaremos ao lado da vida”, declarou.