Bolsonaro diz que Guedes é a âncora do governo (no Poder360)

Publicado em 25/02/2021 09:53
Equipe tem responsabilidade fiscal, diz e que "o czar da economia tem coração"

Em mais um aceno a Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro disse que o ministro da Economia é uma âncora do governo dele. O elogio foi feito na noite desta 4ª feira (24.fev.2021), durante sanção do texto de autonomia do Banco Central. É o 2º feito na semana.

“O nosso ministro da Economia tem coração, podem ter certeza disso”, afirmou.

O afago vem em um momento em que os investidores temem o enfraquecimento da agenda liberal do governo depois que Bolsonaro indicou um general para o comando da Petrobras, a maior estatal do país.

Segundo o presidente, ele e Guedes precisam um do outro. Depois, afirmou que seu governo tem responsabilidade fiscal.

“Guedes é uma âncora do nosso governo. Logicamente, nós passamos de governos que gastavam muito, que não tinham tanta responsabilidade com seu dinheiro e passamos para quase austeridade absoluta. Logicamente, aos poucos, nós vamos nos adequando. Ele precisa demonstrar para o mercado e para a população que tem responsabilidade fiscal”, afirmou durante o discurso dele no Palácio do Planalto.

Bolsonaro disse ainda que sancionou o texto de autonomia do Banco Central porque “confia muito” no presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

Em 1ª fala pública após Petrobras, ministro Paulo Guedes diz que haverá destravamento da agenda econômica

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o governo federal vai renovar a camada de proteção aos mais vulneráveis, sem mencionar valores ou o espectro coberto pelo novo auxílio emergencial, e acrescentou que, por outro lado, haverá destravamento da pauta econômica que tramita no Congresso Nacional, com as duas Casas sob novos comandos.

Guedes acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na entrega do projeto de lei que trata da privatização dos Correios ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

"A prioridade sempre foi o povo brasileiro em primeiro lugar e o destravamento, justamente, da pauta de investimentos (...) Os dois andam juntos. Saúde e economia andam juntos. Então nós vamos, por um lado, renovar a camada de proteção e, por outro lado, destravar a pauta", disse Guedes.

É a primeira fala de Guedes captada pela imprensa desde que Bolsonaro anunciou, na semana passada, decisão de não manter o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, no cargo.

O ministro da Economia havia estado um pouco antes em solenidade no Palácio do Planalto para, entre outras definições, sanção pelo presidente Jair Bolsonaro do projeto de lei que confere autonomia operacional ao Banco Central.

Na cerimônia, o titular da pasta da Economia recebeu novo afago de Bolsonaro, segundo o qual Guedes é a "âncora" do governo. A ida de Castello Branco para o comando da Petrobras foi por indicação de Guedes.

Bolsonaro diz que sanção de autonomia do BC não é resposta ao "caso Petrobras"

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a sanção do projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central não é uma resposta do governo à troca no comando da Petrobras e, novamente, negou ter interferido na mudança do presidente da companhia.

"E a minha querida imprensa, isso não é uma resposta ao caso Petrobras, não, até porque isso já vinha sendo trabalhando há muito, bem como o projeto sobre os Correios, bem como a MP de ontem sobre o sistema elétrico", disse ele.

O presidente decidiu trocar o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna, mudança essa anunciada na sexta-feira à noite que causou forte reação do mercado financeiro com ações da companhia e de outras estatais brasileiras registrando forte queda no início da semana.

Em solenidade no Palácio do Planalto de sanção do projeto que concede autonomia do BC, Bolsonaro fez um novo afago ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi fiador da ida de Castello Branco para a Petrobras. Chamou Guedes de "âncora" do governo.

Guedes participou da solenidade, mas não discursou. Até a cerimônia, o ministro não havia dado qualquer declaração pública desde a troca do comando da estatal petrolífera.

O presidente negou novamente ter interferido no comando da Petrobras.

"Eu não interferi, minha querida imprensa. O prazo de validade do senhor Castello Branco --que fez uma boa gestão na Petrobras-- termina agora dia 20, simplesmente resolvi substituí-lo. Logicamente porque é uma pessoa que está bastante cansada, uma certa idade e com toda a certeza poderá ajudar até remotamente a transição do seu novo presidente da Petrobras", afirmou.

IRMÃOS SIAMESES

Na solenidade, que contou com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre, o presidente destacou a parceria com o Legislativo para avançar em sua agenda.

"Nós, Executivo e Legislativo, somos irmãos siameses, nada podemos fazer sem estar perfeitamente alinhados um com o outro", destacou.

Após a solenidade, Bolsonaro seguiu pessoalmente com Arthur Lira à Câmara dos Deputados para entregar o projeto de lei do governo de privatização dos Correios. Na véspera, ele já havia feito isso ao entregar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), uma medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras.

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Fonte:
Poder360

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