Brasil registra 3.808 novas mortes por Covid-19 e total atinge 358.425, com 12.074.798 pessoas recuperadas
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta terça-feira 3.808 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 358.425, informou o Ministério da Saúde.
Também foram contabilizados 82.186 novos casos de coronavírus, com o total de infecções no país avançando para 13.599.994, acrescentou a pasta.
As cifras diárias reportadas pelo ministério voltam a subir após dois dias em níveis abaixo da média, já que costumam recuar aos domingos e segundas-feiras em função do represamento de testes aos finais de semana.
O Brasil é o país com o segundo maior número de óbitos por Covid-19, atrás somente dos Estados Unidos, mas atualmente lidera o mundo no número médio diário de novas mortes, sendo responsável por uma em cada quatro vítimas da doença no globo a cada dia, segundo levantamento da Reuters.
O Ministério da Saúde também contabiliza 12.074.798 pessoas recuperadas e 1.166.771 em acompanhamento.
MÉDIA DE CASOS E MORTES
A média de novas mortes confirmadas está em 3.124. O máximo foi de 3.068, registrado nos 7 dias encerrados em 12 de abril.
MORTES PROPORCIONAIS
O Brasil tem 1.680 mortes por milhão de habitantes. Apenas o Maranhão tem menos de 1.000 mortos por milhão.
O Brasil é o 14º no ranking mundial. A República Tcheca, que lidera a lista, tem 2.614 vítimas por milhão.
O Ministério da Saúde registrou mais de 3.000 mortes em 6 dos 13 dias de março até o momento.
Já a curva de novos casos está em 71.345. As autoridades confirmaram 851.247 diagnósticos só em abril deste ano.
A média móvel matiza variações abruptas, sobretudo porque aos finais de semana há menos servidores trabalhando na secretaria, o que reduz os registros. A curva é uma média do número de ocorrências confirmadas nos últimos 7 dias.
Maioria dos pacientes de Covid em UTIs no Brasil tem 40 anos ou menos, aponta relatório
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A pandemia de Covid-19 está afetando pessoas cada vez mais jovens no Brasil, com dados de hospitais mostrando que no mês passado a maioria dos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) tinha idade de 40 anos ou menos, de acordo com um levantamento.
O relatório, publicado pela Associação Brasileira de Medicina Intensiva (Amib) no final de semana, foi feito a partir de dados de mais de um terço dos leitos de UTI do país. O documento encontrou um aumento significativo no número de pessoas mais jovens que foram admitidas em leitos de tratamento intensivo.
Pela primeira vez desde que o vírus chegou ao Brasil no ano passado, 52% dos leitos de UTI foram ocupados por pacientes com 40 anos de idade ou menos em março, um salto de 16,5% se comparado à taxa de ocupação desse grupo etário entre os meses de dezembro e fevereiro.
Não está claro o motivo de pessoas mais jovens desenvolverem quadros mais graves da doença durante a atual onda do vírus no Brasil, mas alguns cientistas acreditam que a nova variante P.1, originada na cidade de Manaus, no Amazonas, pode carregar pelo menos parte da culpa.
Outros fatores, como a vacinação dos mais velhos e o comportamento das pessoas mais jovens que podem se sentir menos preocupadas para sair e socializar, podem estar influenciando no chamado rejuvenescimento da pandemia no país.
Em um relatório separado, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que a tendência estava colocando uma pressão adicional sobre o sistema de saúde brasileiro, uma vez que pacientes mais jovens têm uma tendência a passar mais tempo em UTIs.
O Brasil é atualmente o país com o maior número diário de mortes por Covid-19 no mundo, com o total de óbitos registrados em 24 horas superando a casa de 4 mil na semana passada.
A pandemia está sobrecarregando os hospitais até o limite, ao ponto de muitos pacientes morrerem antes de conseguirem um leito de UTI.
Mais de 350 mil pessoas morreram por conta do coronavírus no Brasil, que tem o segundo maior número de mortos na pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos.
Rodrigo Tonet Campo Mourão - PR
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