Haddad comemora anúncio da S&P e diz que falta o BC se somar ao "esforço"
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BRASÍLIA (Reuters) -O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta quarta-feira a melhora da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela agência S&P e agradeceu o apoio do Congresso e do Judiciário, mas disse que ainda falta o Banco Central se somar ao “esforço”.
“Está faltando aí o BC se somar a este esforço, mas quero crer que estejamos prestes a ver isso acontecer”, afirmou Haddad a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda. "Na hora em que estivermos todos alinhados, a coisa vai começar a prosperar."
Haddad fez os comentários após ser questionado se a melhora da perspectiva do Brasil pela S&P ajudaria no processo de corte da taxa básica Selic, atualmente em 13,75% ao ano.
De acordo com Haddad, a ação da S&P é uma "mudança de viés, de rota".
A agência de classificação de risco elevou a perspectiva para a nota de crédito do Brasil de "estável" para "positiva", e reafirmou o rating "BB-". Trata-se da primeira melhora de perspectiva da nota de crédito do país por uma das três principais agências de classificação de risco globais desde o início do novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Haddad pontuou ainda que tudo concorre para que a harmonia entre a política fiscal, de responsabilidade do governo, e a política monetária, conduzida pelo BC, chegue "antes que o previsto".
"Temos a oportunidade de ouro de fazer a diferença", disse.
Em um dia marcado pela decisão de política monetária do Federal Reserve, que manteve sua taxa de juros na faixa de 5% a 5,25%, Haddad também comparou a situação dos Estados Unidos e da Europa com a do Brasil.
De acordo com o ministro, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fed estão mais distantes de suas metas de inflação que o Brasil, mas suas taxas de juros são mais modestas.
O ministro fez agradecimentos diretos ao Congresso e ao STF "pelo que fizeram pelo país", e disse que também deseja agradecer ao BC pelo mesmo motivo "o mais cedo possível".
Em outro momento, Haddad defendeu o direito de pessoas que estão fora da cúpula do BC de opinarem sobre assuntos ligados à autarquia. Segundo ele, "não pode ter mordaça" sobre a autonomia do BC.
(Reportagem de Victor Borges; Texto de Fabrício de CastroEdição de Pedro Fonseca)
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