Brasil é eleito para Conselho de Direitos Humanos da ONU; Rússia fica fora
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BRASÍLIA/GENEBRA (Reuters) - O Brasil foi eleito nesta terça-feira para o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto a Rússia fracassou em sua tentativa de retornar ao órgão, em uma eleição vista como um teste fundamental dos esforços ocidentais para manter o governo russo isolado.
O Brasil teve 144 votos da Assembleia Geral da ONU, conquistando uma das três vagas em disputa para a América Latina. Cuba e República Dominicana também foram eleitas, enquanto o Peru ficou fora.
"A expressiva votação recebida reflete o reconhecimento da comunidade internacional ao compromisso do Brasil na promoção e proteção dos direitos humanos em âmbito nacional e internacional, assim como sua atuação em defesa da paz, do desenvolvimento sustentável e da democracia", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota.
Segundo o Itamaraty, o Brasil pretende trabalhar pela maior eficiência do conselho na prevenção e enfrentamento "das causas estruturais de graves violações dos direitos humanos". O foco principal será "no diálogo construtivo e na cooperação internacional". Será o sexto mandato do Brasil no CDH.
Já a Rússia ficou fora das duas vagas destinadas ao Leste Europeu, obtendo apenas 83 votos contra 160 da Bulgária e 123 da Albânia. A Rússia foi expulsa do conselho há 18 meses devido a uma pressão diplomática liderada pelos Estados Unidos após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
"Os Estados-membros da ONU enviaram um forte sinal à liderança da Rússia de que um governo responsável por inúmeros crimes de guerra e crimes contra a humanidade não pertence àquele lugar", disse Louis Charbonneau, diretor da Human Rights Watch nas Nações Unidas. Não houve reação imediata de Moscou.
A China também estava entre os vencedores da votação desta terça-feira.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU foi criado em 2006 e tem sede em Genebra. O próximo mandato de três anos começa em 1º de janeiro.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu, em Brasília, e Emma Farge, em Genebra)
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