Eleição na Argentina interessa governo devido à integração do Mercosul, diz Haddad
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(Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanha "com interesse" a eleição presidencial na Argentina devido à integração do Mercosul, em meio à negociação de um acordo comercial com a União Europeia.
A fala de Haddad acontece no dia seguinte ao primeiro turno da disputa presidencial argentina, que definiu que haverá segundo turno entre o governista peronista Sergio Massa e o radical libertário de extrema-direita Javier Milei, que defende retirar o país do Mercosul, bloco comercial formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
"Não dá para comentar resultado de eleição, até porque tem o segundo turno agora. Nós estamos acompanhando com interesse por causa do Mercosul. O Mercosul é muito importante, a Câmara acaba de aprovar a entrada da Bolívia no Mercosul, está no Senado agora. Para nós é importante consolidar uma integração na região, a integração regional é muito importante para o Brasil", disse Haddad aos jornalistas que o aguardavam em sua chegada ao Ministério da Fazenda nesta manhã.
O ministro adotou tom mais cauteloso em relação à eleição argentina, depois de afirmar em entrevista à Reuters na semana passada que a possibilidade de uma vitória de Milei preocupa o Brasil.
Ele também lembrou que o Mercosul está em tratativas para concluir um já muito adiado acordo de livre comércio com a União Europeia e afirmou que, quanto mais integrado, mais forte o bloco sul-americano será na mesa de negociações com os europeus.
"Estamos para negociar um acordo com a União Europeia, quanto mais integrados nós tivermos, melhor para sentar à mesa com a União Europeia e fazer um bom acordo para a região", disse.
Massa, atual ministro da Economia da Argentina, venceu o primeiro turno da disputa presidencial e enfrentará Milei, que as pesquisas eleitorais apontavam como vencedor no pleito realizado no domingo. O resultado monta o palco para uma disputa altamente polarizada no segundo turno, marcado para 19 de novembro.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
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