Bolsas européias caem com perdas em NY e barril do petróleo a US$ 35

Publicado em 19/12/2008 12:57

As Bolsas européias operam em baixa nesta sexta-feira, seguindo as quedas registradas ontem nas Bolsas em Nova York e na Ásia hoje. A queda do petróleo para o patamar de US$ 35 por barril --nível visto em 2004-- foi vista no mercado financeiro como sinal de que a economia global terá um 2009 mais difícil do que as projeções até agora sugeriam. Na Ásia, nem a queda dos juros do Banco do Japão (BC do país) ajudou a animar os negócios.

Às 7h48 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 1,15% no índice FTSE 100, indo para 4.280,99 pontos; a Bolsa de Paris caía 2,08% no índice CAC 40, indo para 3.166,80 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 1,16% no índice DAX, operando com 4.701,42 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 1,26% no índice AEX General, que estava com 246,74 pontos; a Bolsa de Zurique estava em baixa de 1,39%, com 5.438,45 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 2,05% no índice MIBTel, que ia para 14.915 pontos.

Ontem, em Nova York, o Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal índice da Bolsa de Nova York, recuou 2,49% e o índice ampliado Standard & Poors 500 recuou 2,11%. A Bolsa Nasdaq caiu 1,71%.

Na Ásia e região, a Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 0,91%. O Banco do Japão reduziu sua taxa básica de juros de 0,3% para 0,1% em uma tentativa de estimular a economia, que já está em recessão, em decorrência da crise. O banco tomou a decisão na mesma semana em que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) baixou sua taxa para uma margem de 0% a 0,25% --medida que valorizou o iene frente ao dólar, o que prejudica o comércio exterior japonês.

Outras Bolsas da região tiveram resultados diversos: a Bolsa de Xangai (China) teve alta modesta, de 0,14%; a Bolsa de Seul (Coréia do Sul) avançou 0,43%; a Bolsa de Sydney (Austrália) caiu 0,93%; e a Bolsa de Hong Kong recuou 2,39%.

Na Europa, os papéis do setor de energia estavam entre os que mais caíam; os destaques eram os da francesa Total, da italiana Eni e da anglo-holandesa Royal Dutch Shell. O barril do petróleo fechou ontem na Bolsa Mercantil de Nova York cotado a US$ 36,22 e hoje já recuou mais no pregão eletrônico para o patamar de US$ 35. Em julho deste ano, o barril, em meio a temores de escassez devido a uma eventual disparada do consumo, chegou ao recorde de US$ 147,27.

Desde então passou a recuar e, depois de setembro --quando o banco americano Lehman Brothers quebrou e a crise financeira ganhou novo fôlego-- a queda do preço se acelerou.

Outra má notícia ontem nos EUA foi a agência de classificação Standard & Poors (SP) ter rebaixado a perspectiva da nota da GE, empresa que atua em setores tão diferentes como mídia e energia e que é vista como um indicador da saúde das empresas americanas. As ações da GE caíram 8,22%.

Além disso, a FedEx, que anunciou um crescimento de 3% em seus ganhos, mas informou que prosseguirá cortando custos devido à queda contínua da demanda.

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, e sua equipe econômica avaliam as bases de um pacote de estímulo financeiro que poderia chegar a US$ 850 bilhões (R$ 2 trilhões) para os dois primeiros anos de governo. O plano incluiria ainda uma redução na carga tributária dos americanos, mas não deve abranger 90% das famílias americanas como o democrata prometeu em campanha.

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Fonte:
Folha On Line

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