Autoridades dos EUA e da China terão reunião para quebrar gelo em Genebra no sábado
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Por Andrea Shalal e David Lawder e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o negociador-chefe de comércio, Jamieson Greer, se reunirão com a principal autoridade econômica da China na Suíça no sábado, disseram autoridades norte-americanas, no que poderia ser o primeiro passo para resolver uma guerra comercial que está perturbando a economia global.
A notícia da reunião no final desta terça-feira fez com que os futuros dos índices acionários norte-americanos subissem acentuadamente, com a retomada das negociações após um segundo dia consecutivo de perdas em Wall Street, alimentadas pela incerteza sobre o tsunami de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
O escritório do representante comercial dos EUA e o Tesouro disseram que Greer e Bessent viajariam juntos para Genebra na quinta-feira e também se encontrariam com a presidente suíça, Karin Keller-Sutter, para discutir negociações sobre comércio recíproco.
"Minha impressão é que se tratará de uma desescalada", disse Bessent à apresentadora da Fox News, Laura Ingraham, durante um segmento do programa "The Ingraham Angle", após o anúncio da reunião. "Temos que aliviar a escalada antes de podermos avançar".
As autoridades não mencionaram quais autoridades participariam da reunião em Pequim, dizendo que apenas os dois se envolveriam com o "principal representante da China em assuntos econômicos".
O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, é amplamente considerado como o czar econômico e principal negociador comercial do país.
Após o anúncio, um porta-voz do Ministério do Comércio chinês confirmou que a China havia concordado em reatar conversas com os EUA.
"Com base em uma análise completa das expectativas globais, dos interesses da China e dos apelos da indústria e dos consumidores dos EUA, a China decidiu reatar conversas com os EUA", disse a declaração chinesa.
"Há um velho ditado chinês que diz: Ouça o que é dito e observe o que é feito... Se (os EUA) disserem uma coisa, mas depois fizerem outra, ou tentarem usar as negociações como um disfarce para continuar a coerção e a chantagem, a China jamais concordará."
Trump e sua equipe comercial enviaram sinais contraditórios sobre o progresso das negociações com os principais parceiros comerciais que se apressam em consolidar acordos para evitar a imposição de pesados impostos de importação sobre seus produtos.
Bessent disse aos parlamentares no início do dia que o governo Trump estava negociando com 17 grandes parceiros comerciais, mas ainda não com a China, e poderia anunciar acordos comerciais com alguns deles já nesta semana.
Trump disse aos repórteres, antes de uma reunião com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, que ele e as principais autoridades do governo analisarão os possíveis acordos comerciais nas próximas duas semanas para decidir quais serão aceitos, fazendo com que as ações caissem.
Os comunicados não descreveram a reunião com as autoridades chinesas como o início de negociações. Washington e Pequim estão em um jogo de gato e rato em relação às tarifas, com cada lado não querendo ser visto recuando em uma guerra comercial que tem agitado os mercados globais e desorganizado as cadeias de suprimentos.
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