Parlamentares da UE aprovam tarifas pesadas para fertilizantes da Rússia e de Belarus
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Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O Parlamento Europeu votou nesta quinta-feira pela imposição de tarifas proibitivas sobre fertilizantes e determinados produtos agrícolas da Rússia e de sua aliada Belarus para evitar uma possível ameaça à segurança alimentar da UE e limitar os fundos russos para a guerra contra a Ucrânia.
As tarifas para determinados fertilizantes à base de nitrogênio aumentarão em três anos de 6,5% para um valor equivalente a cerca de 100%, um nível que efetivamente interromperia o comércio. Para produtos agrícolas, será aplicada uma tarifa adicional de 50%.
Os aumentos tarifários estão previstos para entrar em vigor em 1º de julho.
Mais de 70% do consumo de fertilizantes da UE em 2023 foi do produto à base de nitrogênio, alvo das tarifas, e a Rússia foi responsável por 25% das importações da UE, no valor de cerca de 1,3 bilhão de euros.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse em resposta que, se a UE impusesse tarifas pesadas sobre os fertilizantes nitrogenados russos, o custo dos fertilizantes para a União Europeia aumentaria e sua qualidade cairia.
Ele disse que a demanda por fertilizantes nitrogenados russos em outras rotas de exportação continua alta, acrescentando que os fertilizantes russos são da mais alta qualidade.
Os grãos da Rússia e de Belarus já foram atingidos por tarifas proibitivas no ano passado. As novas tarifas se aplicam a 15% das importações agrícolas da Rússia que não estavam sujeitas a tarifas anteriormente, no valor de 380 milhões de euros. Isso inclui carne, laticínios, frutas e vegetais.
A Comissão Europeia afirmou que as tarifas ajudarão a apoiar a produção doméstica e permitirão a diversificação do fornecimento de outros países.
A mudança para uma tarifa mais alta para fertilizantes inclui possíveis medidas de mitigação se os agricultores da UE observarem aumentos substanciais de preços.
O Parlamento Europeu aprovou os aumentos por 411 votos a favor, 100 contra e 78 abstenções.
(Reportagem de Philip Blenkinsop e Bart Meijer)
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