MST invade fazendas, queima casas e rouba gado
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixou um rastro de violência e destruição durante a invasão das fazendas Maria Bonita e Rio Vermelho, localizadas nos municípios de Sapucaia e Xinguara, no sul do Pará. Cem homens armados e encapuzados derrubaram e queimaram casas, expulsaram empregados e atearam fogo em tratores, além de roubar gado.
Apavorados e só com a roupa do corpo, mulheres, crianças e idosos tiveram de fugir para não ser espancados. Um avião com três mulheres e três crianças a bordo, expulsas pelo MST, caiu logo depois de decolar de uma das fazendas invadidas. O comandante e o piloto ficaram feridos e estão internados em um hospital da região.
A Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) mandou equipes de policiais para as fazendas e abriu inquérito para apurar os atos de vandalismo. Os policiais e a imprensa tiveram dificuldades para chegar às propriedades. O MST bloqueou a rodovia PA-150 em três pontos, afirmando que a ação foi um protesto contra a morosidade da reforma agrária no Estado.
O gerente da fazenda Maria Bonita, Oscar Boller, contou que os invasores surpreenderam a todos, chegando ao local durante a madrugada. Muito agressivos, entraram nas residências dos funcionários enquanto eles dormiam, gritando que todos deveriam sair imediatamente. Em seguida, passaram a destruir as casas e os currais, usando tratores da própria fazenda, que em seguida foram incendiados. Quem resistiu foi espancado e ameaçado de morte caso permanecesse no local.
A ação na Maria Bonita foi comparada à utilizada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs), de quem supostamente o MST estaria recebendo treinamento, segundo informação investigada pela Secretaria de Segurança Pública do Pará. A fazenda foi invadida pelo MST desde julho do ano passado.
A Justiça concedeu liminar de reintegração de posse, em agosto do ano passado, mas o mandado nunca foi cumprido pelo Estado. Isso levou a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) a pedir intervenção federal no Pará. O TJ estadual marcou para o próximo dia 21 o julgamento de admissão do pedido.
Segundo a coordenadora estadual do MST, Maria Raimunda Cézar, os sem terra ocuparam as fazendas apenas para "protestar contra a presença de escolta armada" na área. Ela negou que casas e tratores tivessem sido destruídos. "Já balearam 18 trabalhadores rurais, por isso fomos para lá paralisar os trabalhos", afirmou Raimunda.
As autoridades federais e estaduais foram convocadas pelo MST para ir à Curva do S, onde em 1996 dezenove sem terra foram mortos pela PM do Pará, discutir a celeridade da reforma agrária. Enquanto isso não ocorrer, as rodovias PA-150 e PA-158 "continuarão fechadas", segundo o movimento.
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Acesse o site acima e veja a justificativa do MST para a destruição de fazendas do grupo Santa Bárbara e da fazenda Rio Vermelho em Xinguara.
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