Puxada por Vale, Bovespa emenda segundo dia de ganhos

Publicado em 09/02/2010 18:05

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) continuou a recuperar o terreno perdido com o "pânico" do mercado em relação à crise na zona do euro. Puxada pelas ações da Vale, a Bolsa brasileira chegou a retomar o nível dos 65 mil pontos, a reboque do momento positivo também na cena externa. Em um ambiente de maior tranquilidade, a taxa de câmbio doméstica recuou para R$ 1,84.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 2,48% no fechamento, atingindo os 64.718 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,61 bilhões. Ainda aberta, a Bolsa de Nova York ascende 1.80%.

Somente a ação preferencial da Vale movimentou R$ 910,65 milhões no pregão de hoje, tendo uma valorização de 2,30%. O mercado mundial de mineração está agitado por notícias sobre o reajuste dos preços do minério de ferro na China e especula sobre valores de até 40%. O país asiático é um dos maiores importadores globais de commodities.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,847, em um decréscimo de 1,44%. A taxa de risco-país marca 233 pontos, número 3,71% abaixo da pontuação anterior.

"O mercado está começando a ver alguns sinais de melhora na zona do euro, e hoje a moeda [europeia] já recuperou cerca de 1%. E nós notamos que muita gente desfez posições em dólar para voltar ao euro. Esse é o fato predominante e fora disso, não vimos nenhuma outra notícia de maior impacto", comenta Glauber Romano, profissional da mesa de operações da corretora Intercam.

Entre as principais notícias do dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o nível de emprego no setor industrial sofreu uma contração de 5,3% em 2009, a maior queda verificada desde 2002, por conta da crise mundial.

O retorno antecipado do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, da Austrália, foi alvo de especulações nos mercados mundiais como um forte indicativo de que um pacote de ajuda à Grécia, um dos países em situação mais dramática, deve ser discutido nos próximos dias.

No setor corporativo, o grupo Itaú-Unibanco anunciou lucro líquido de R$ 10,1 bilhões, em um crescimento de 29% contra o resultado de 2008, de R$ 7,8 bilhões. O número está acima dos resultados dos principais concorrentes privados da instituição: Bradesco (lucro de R$ 8 bilhões) e Santander Real (R$ 5,5 bilhões).

A corretora Planner avaliou como "muito forte" o desempenho do banco no último trimestre do ano passado (crescimento de 71,6%) e estimou que a rentabilidade do grupo vai melhorar neste ano. "O crescimento da carteira de crédito bem como a redução dos indicadores de inadimplência permitirá melhora em seu desempenho", afirma o analista Persio Nogueira Jr, em relatório distribuído hoje, onde aventa a possibilidade de novas aquisições do grupo em 2010, sendo o continente americano o alvo "mais provável".

A ação do banco valorizou 4,46%; o papel do rival Bradesco teve ganho de 3,36%, enquanto a ação do Banco do Brasil teve forte alta de 5,73%. A "unit" do Santander avançou 2,73%.

E o banco suíço UBS teve lucro líquido de aproximadamente US$ 1,127 bilhão no trimestre passado. Trata-se do primeiro resultado trimestral positivo desde o terceiro trimestre de 2008 e ficou acima das expectativas dos analistas.

A fabricante americana de bebidas não-alcoólicas Coca-cola anunciou nesta terça-feira um lucro líquido de US$ 1,54 bilhão para o quarto trimestre do ano passado, em um aumento de 55% sobre os resultados no mesmo período de 2008. O ganho por ação --de US$ 0,66-- ficou próximo das expectativas dos analistas (consenso em US$ 0,67).

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Fonte:
Folha Online

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