Banco de Portugal quer reforçar medidas de austeridade
O presidente do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, pediu, nesta quinta-feira, ao governo socialista o reforço do programa de austeridade em meio a tensões nos mercados que temem um contágio da crise grega. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
"Portugal deve considerar o reforço de seu programa, já que a situação evoluiu e não podemos ignorar esses sinais", declarou Constâncio durante uma cerimônia do conselho dos governadores do BCE (Banco Central Europeu) em Lisboa.
Na semana passada, a agência de rating Standard&Poor's havia degradado a nota da dívida a longo prazo de Portugal, enfatizando similaridades com a crise grega.
"Seria desejável que fossem antecipadas as medidas previstas para os próximos anos e que elas fossem concentradas agora, nesta fase de tensão nos mercados", estimou Constâncio que deve, no próximo mês, assumir a vice-presidência do BCE.
"Seria útil se a redução do deficit fiscal fosse um pouco maior do que o previsto esse ano", disse ainda.
O governo português previu reduzir, em 2010, o deficit de 9,4% do PIB (Produto Interno Bruto) para 8,3%, pretendendo baixá-lo ainda mais até 2013 para a casa dos 3%, através de um crescente reforço nas medidas de austeridade.
Questionado sobre o programa de grandes obras previsto pelo governo e contestado pela oposição de direita, Constâncio estimou que seria "normal" adiar esses investimentos. "É evidente que, na atual situação de tensão e dificuldade financeira, tudo deve ser reconsiderado", declarou.
Até o momento, o primeiro-ministro José Sócrates, minoria no parlamento, se fez de surdo às reclamações sobre os projetos do TGV Lisboa-Madri e do novo aeroporto na capital portuguesa, considerados "essenciais à modernização do país e à competitividade das empresas".
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