Bovespa segue NY e fecha em alta de 1,78%; véspera de feriado esvazia giro
O investidor retomou as compras com ímpeto renovado na rodada de negócios desta quarta-feira, contrariando as expectativas de um pregão "morno" na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), na véspera de feriado. As Bolsas americanas também valorizaram expressivamente. Para analistas, a ausência de notícias fortes sobre a crise europeia abriu espaço para a recuperação dos preços.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 1,78% no fechamento, atingindo os 62.942 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,68 bilhões, bem abaixo da média de maio (R$ 7 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) teve alta de 2,25% na conclusão das operações.
"Alguns números lá nos EUA, mostrando recuperação nas vendas de casas, e de carros também, ajudaram as Bolsas a subirem nessas últimas horas. Agora, os mercados estão subindo um dia, e caindo dois. Ainda há muita volatilidade", comenta Ivanor Torres, diretor de departamento de análise da corretora Geral.
O dólar comercial foi cotado por R$ 1,827, em um recuo de 0,65%. A taxa de risco-país marca 228 pontos, número 2,56% abaixo da pontuação anterior.
"Acho que o mercado mudou claramente de patamar, oscilando em torno de R$ 1,80 --desse nível para cima. Antes, havia uma expectativa de um excesso de entrada de capital, que mudou. Mas também não parece que vá ultrapassar R$ 1,90 --embora possa até bater esse preço- mesmo com toda essa crise na Europa", diz Marcos Trabold, da mesa de operações da corretora B&T.
Mais uma vez, boas notícias sobre a economia americana "salvaram o dia". O investidor deixou um pouco de lado a apreensão com a crise europeia para prestar atenção aos indicadores de recuperação dos EUA.
Hoje, dois informes captaram a atenção dos agentes financeiros. Primeiro, o crescimento (6%) acima das expectativas de vendas preliminares de casas no mês de abril. Inicialmente, o número foi encarado com alguma reserva, já que ainda reflete os subsídios concedidos pelo governo federal para estimular o setor imobiliário.
Mais tarde, outro dado ajudou a "empolgar" os investidores: o aumento de 19% nas vendas de carros em maio, após meses em que a indústria automobilística amargou seus piores números desde os anos 80.
Entre outras notícias importantes do dia, a Fipe apontou inflação de 0,22% em maio, ante 0,39% em abril, pela leitura do IPC, que abrange a cidade de São Paulo.
No front europeu, o governo espanhol revelou que houve uma queda no total de desempregados no país pelo segundo mês consecutivo, em maio. Neste período, 76.223 pessoas voltaram ao mercado de trabalho.
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