Dólar fecha a R$ 1,86; Bovespa tem alta de 1,14%

Publicado em 08/06/2010 16:58

Um cenário externo um pouco mais positivo, que amenizou a aversão ao risco predominante entre os agentes financeiros, permitiu que a taxa de câmbio brasileira devolvesse parte das altas expressivas dos últimos dias. O euro, hoje a variável principal acompanhada por analistas e investidores, foi mantido em US$ 1,19, número pouco acima das cotações mínimas dos últimos dias.

Nesse contexto, o dólar comercial finalizou o dia sendo vendido por R$ 1,860 (menor preço registrado hoje), o que representa uma queda de 0,95% sobre o fechamento de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em R$ 1,990.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 1,14%, aos 61.881 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 1,20%.

Profissionais de mercado destacaram as palavras relativamente tranquilizadores de Ben Bernanke (presidente do banco central americano) como outro motivo que reduziu o nível de nervosismo. Bernanke rejeitou a possibilidade de que a economia americana volte a cair numa recessão, embora não conte com um crescimento "robusto" no curto prazo, e também manifestou confiança nas autoridades europeias, que estariam comprometidas com a "sobrevivência do euro".

Analistas ainda apontaram o crescimento "chinês" do PIB brasileiro (a soma das riquezas do país) como um principais fatores que mexeram com os ânimos na rodada de negócios de hoje. A taxa de crescimento (9%, na comparação com o mesmo trimestre de 2009) superou boa parte das expectativas que circulavam nas áreas de pesquisa econômica de bancos e corretoras.

O Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia amanhã a nova taxa básica de juros do país (hoje em 9,50% ao ano). Boa parte dos economistas acredita num ajuste para 10,25%.

"Nós achamos, e a maioria do mercado também, que o Copom deve dar uns três aumentos de 0,75 ponto percentual. Já foi um [aumento] e amanhã deve ocorrer outro. Depois [do último aumento], nós vamos ver. Precisamos conferir como vai estar o nível de aquecimento da economia, a evolução dos preços, uma série de fatores", comenta Mário Paiva, analista da corretora BGC Liquidez.

Juros futuros

Na véspera de uma nova reunião do Copom, as taxas subiram com força no mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos.

No vencimento para outubro, a taxa prevista subiu de 10,62% para 10,65%. No contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada ascendeu de 10,96%, para 10,99%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,82% para 11,90%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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