Dólar fecha a R$ 1,81; Bovespa ganha 0,96% em dia de poucos negócios
A taxa de câmbio cedeu abaixo de R$ 1,80 pela primeira vez em quatro semanas, na rodada de negócios desta sexta-feira. Profissionais de mercado avaliam que a relativa tranquilidade a respeito da crise na zona do euro ajudou a minorar a aversão ao risco dos agentes financeiros.
Principal "caixa de ressonância" dos temores sobre a Europa, o euro já ficou acima do "piso" histórico de US$ 1,19 e voltou a oscilar entre US$ 1,20 e US$ 1,21 desde ontem.
A cotação da moeda americana chegou a ser negociada por R$ 1,799, mas por pouco tempo, e encerrou o dia a R$ 1,816 (alta de 0,33%), perto do preço máximo registrado no dia (R$ 1,818).
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em R$ 1,920.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 0,96%, aos 63.654 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,61 bilhões, bem abaixo da média para o horário. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,21%.
Duas notícias chamaram a atenção dos analistas: o desempenho frustrante das vendas nos EUA, e a inflação acima das expectativas na China. Muitos temem que Pequim volte a lançar mão de medidas restritivas para conter o aquecimento de uma economia que cresce a uma taxa de dois dígitos há vários anos.
No front doméstico, a FGV apontou uma inflação de 2,22% no início de junho ante 0,47% em maio (no mesmo período), pela leitura do IGP-M. A variação ficou bem acima das expectativas do mercado (entre 0,67% e 1,90%).
E hoje, em São Paulo, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou o aumento da confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira.
"Existem indicações muito claras de que cada vez mais o percentual total do capital investido no Brasil que é objeto de hedge está diminuindo. Evidente, isso é normal, porque não há dúvida de que grandes corporações, como por exemplo uma empresa que tem 50% de suas vendas nos EUA e 40% na Europa, é claro que essa empresa não está fazendo um hedge total", declarou.
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