Brasil e Argentina devem superar recorde em comércio bilateral
"Estamos eliminando os entraves na relação de comércio com a Argentina. A prova disso é o aumento das negociações, que provavelmente ultrapassarão o recorde de 2008. Os dois países têm reclamações, mas trabalhamos para reduzir isso", afirmou Barral. Ele citou que só a eliminação da burocracia já representa ganho no comércio, usando como exemplo a relação com a Argentina.
Segundo o secretário, os principais itens do comércio entre Brasil e Argentina são automóveis e autopeças, que representam 30% das negociações bilaterais. "O setor automotivo é um exemplo do que pode ocorrer de bom com a integração. O principal é que é necessária a estabilidade econômica para crescer o comércio", afirmou.
Barral afirmou que o câmbio fortalecido é um componente que atrapalha as exportações, que ficam mais caras, além de estimular a importação. Ele citou ainda como dificuldades as deficiências de logística, que onera as exportações. "O país ficou 30 anos sem investir em infraestrutura", afirmou. Ele ainda citou a necessidade de alterações nas regras tributárias como uma necessidade para tornar a indústria mais competitiva.
O secretário comentou ainda a criação de um fundo comum entre BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Banco de La Nación Argentina para financiar projetos conjuntos nos dois países. O fundo, que deve ficar pronto até o fim do ano, terá recursos da ordem de US$ 200 milhões.