Barril do petróleo ficará entre US$ 70 e US$ 80 até 2011, segundo estudo
A análise revela que "não há indícios de que os preços se inclinarão em uma ou outra direção".
Nas condições atuais de produção e preços, afirma o CGES, a Arábia Saudita está em boas condições para reduzir sua produção quando for necessário com o objetivo de prevenir uma queda brusca dos preços.
Além disso, "o apetite pela compra de petróleo por parte das refinarias da China [o maior consumidor de petróleo do mundo ao lado dos Estados Unidos] tende a diminuir quando o preço do barril estiver acima dos US$ 80".
O CGES considera que, neste momento, "parece que há poucas razões que fariam os preços sair dessa média", dado que há reservas abundantes e a produção por parte dos países não membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) cresceram de maneira estável.
"A isso se soma a estabilização da produção mexicana e a incorporação de novos campos petrolíferos no Brasil, Estados Unidos, Rússia e África, impulsionados pelo aumento na produção de gases liquefeitos de petróleo [GLP]".
"A Opep também viu um aumento em sua produção de GLP", acrescenta o CGES, que ressalta que este grupo de países "tem uma ampla capacidade de reserva".
No entanto, o CGES adverte que a retirada das tropas de combate americanas do Iraque "suscitou preocupação sobre a futura estabilidade" de um dos principais produtores de petróleo do Oriente Médio.
O estudo revela o aumento da demanda global de petróleo como consequência do fim da recessão, mas lembra que 'o ritmo de crescimento previsivelmente desacelerará na segunda metade de 2010 e em 2011 em relação às taxas observadas na primeira metade deste ano'.
"Em parte isto se deve ao fato de a demanda de petróleo na primeira metade de 2010 ter sido uma recuperação dos baixíssimos níveis da primeira metade de 2009, o que é também um reflexo da crença de que a recuperação econômica está começando a perder gás, particularmente nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos [OCDE]", afirma.
"Nos países em desenvolvimento da Ásia a demanda também parece estar diminuindo, já que suas exportações não decolaram como se esperava", indica o CGES.
O relatório conclui que, neste momento, a Opep está com a intenção de manter os preços do petróleo, algo que "tem um custo, pois a economia global se recuperará mais lentamente e o mercado do petróleo não crescerá tão rápido como com preços mais moderados".