Bovespa opera instável e dólar vale R$ 1,68; mercado avalia indicadores dos EUA
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com volatilidade, sem firmar tendência, na rodada de negócios desta sexta-feira. Investidores e analistas avaliam uma pesada bateria de indicadores nos EUA, que mostraram um quadro misto sobre a maior economia mundial. Internamente, a taxa de câmbio segue testando patamares cada vez mais baixos. O Banco Central já entrou no mercado, comprando moeda.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, tem leve queda de 0,03%, aos 69.407 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,81 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) sobe 0,17%.
O dólar comercial é cotado por R$ 1,686, em queda de 0,35%. A taxa de risco-país marca 204 pontos, número 0,49% acima da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, o Bureau of Economic Analysis informou um crescimento de 0,5% na renda dos americanos em agosto, enquanto o nível de gastos teve um aumento de 0,4% no mesmo período. Os números surpreenderam positivamente o mercado, que contava com números mais baixos.
Outra pesquisa oficial mostrou que o nível de gastos na construção civil aumentou 0,4% em agosto, contrariando as expectativas de contração. Outras duas sondagens, desta vez privadas, também revelaram números mais positivos da economia americana. A Universidade de Michigan, que faz uma influente pesquisa de opinião pública, detectou uma piora do nível de confiança do consumidor, mas numa taxa menor do que muitos esperavam.
Já a entidade ISM indicou que o setor manufatureiro teve o seu 14º mês consecutivo de expansão em setembro, mas em um ritmo mais lento do que as projeções médias de economistas do setor financeiro.
Na China, o governo apontou uma expansão do nível de atividade no setor industrial no mês passado, reforçando o uma influente sondagem do setor privado já havia adiantado. O índice oficial do setor passou de 53,8 em setembro, contra leitura de 51,7 em agosto. O mercado previa uma leitura de 52.
E na Europa, uma pesquisa privada (instituto Markit) indicou que a atividade manufatureira da zona do euro expandiu em um ritmo mais lento entre os meses de agosto e setembro. O índice Markit caiu para 53,7 em setembro, comparado a 55,1 em agosto.
No front doméstico, o IBGE comunicou que a produção industrial teve queda de 0,1% em agosto, após apresentar alta de 0,6% (dado revisado) em julho. Em relação a igual período em 2009, a produção industrial subiu 8,9%.