Dólar sobe pelo segundo dia e fecha a R$ 1,68; Bovespa perde 0,95%

Publicado em 07/10/2010 17:04

O mercado de câmbio doméstico manteve as taxas oscilando em torno de R$ 1,68. Profissionais das mesas de operações acusam um ajuste técnico -- quando o preço cede a um ponto em que as compras se acumulam, provocando um repique nos preços. Mas também lembram que o mercado já opera sob expectativa de quais os próximos passos do governo para conter a valorização do real.

Hoje, o dólar voltou a oscilar com força, variando entre a cotação máxima de R$ 1,691 e R$ 1,669, mas encerrou o dia a R$ 1,686, o que representa um avanço de 0,23% sobre o fechamento de ontem.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi trocado por R$ 1,780 para venda e por R$ 1,620 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre perda de 0,95%, aos 68.873 pontos. O giro financeiro é de R$ 10,33 bilhões (sendo R$ 3,3 bilhões, somente por conta de uma oferta pública). Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,14%.

Desde segunda-feira, o governo já elevou a alíquota do IOF (imposto sobre operações financeiras) em aplicações de renda fixa feitas por estrangeiros, e ampliou o limite de compras pelo Tesouro Nacional. Operadores comentam que, a seguir, o governo deve mexer também nas alíquotas para investimentos de renda variável.
Para vários analistas, as medidas já anunciadas foram insuficientes para deter o enfraquecimento do dólar, um fenômeno mundial. Desta forma, atingir a renda variável seria o próximo passo "lógico", já que esse, efetivamente, é um canal para a entrada de capital volátil, que tende a derrubar as cotações.

Somente neste ano, os investidores "não-residentes" já deixaram mais de R$ 3 bilhões na Bolsa de Valores, entre compras e vendas de ações.

"Na visão do mercado, se nós tivéssemos um presidente eleito, todo mundo já conheceria essas medidas. Agora, fica a agonia de saber o que deve acontecer após o dia 31 [data do segundo turno das eleições]", comenta Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade.

O Banco Central manteve a prática regular de comprar dólares, por meio de dois leilões. No primeiro, por volta das 12h30 (hora de Brasília), a autoridade monetária aceitou ofertas por R$ 1,6782 (taxa de corte). No último, às 15h48, tomou moeda por R$ 1,6850.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas retrocederam nos contratos de prazo mais longo.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou uma inflação de 0,45% em setembro ante 0,04% em agosto. Trata-se da maior variação desde abril deste ano, e veio em linha com as expectativas do setor financeiro.

No contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,65% ao ano para 10,64%; no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista recuou de 11,44% para 11,39%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 11,81% para 11,78%.

Os números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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