Em alta de 2,46% na semana, dólar fecha a R$ 1,70; Bovespa retrocede 0,54%

Publicado em 22/10/2010 15:45

A semana foi marcada pelo nervosismo dos agentes financeiro, em meio à expectativa de que o governo deve lançar mão de medidas ainda mais drásticas para conter a desvalorização cambial.

Analistas chegaram a levantar hipóteses de uma possível quarentena para o capital estrangeiro aplicado no país, ou mesmo o aumento do IOF (imposto sobre operações financeiras) para aplicações em renda variável feita por não-residentes. Por enquanto, tudo permanece no campo da especulação, enquanto especialistas avaliam que as medidas anunciadas até o momento serão eficazes para refrear a tendência de baixa do dólar, no máximo, sem ser suficientes para reverter esse viés, um fenômeno mundial.

Hoje, o dólar oscilou entre a cotação mínima de R$ 1,690 e a máxima de R$ 1,711, mas encerrou o expediente de hoje sendo negociado por R$ 1,707. O valor representa um aumento de 0,29% sobre a cotação de ontem, e de 2,46% sobre a taxa de sexta-feira passada. No mês, a moeda americana acumula valorização de 0,69%.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,810 para venda e por R$ 1,640 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem perdas de 0,54%, aos 69.276 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,53 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,27%

Em um dia de agenda econômica bastante esvaziada, analistas ressaltaram o início da reunião do G20 (grupo dos países mais desenvolvidos), em que os EUA devem pressionar por reforças no sistemas de câmbio locais, de modo a apoiar a recuperação da economia global.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas subiram nos contratos mais negociados.

Economistas do setor financeiro destacaram os índices de preços mais recentes, e a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos, como fatores que reforçam o viés de alta para a inflação. Já se tornou um consenso de que, no início de 2011, o Banco Central deve elevar a taxa básica de juros, mantida em 10,75% na reunião desta semana.

No contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada foi mantida em 10,65% ao ano; para janeiro de 2012, a taxa prevista avançou de 11,35% para 11,36%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada passou de 11,79% para 11,85%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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