China manterá meta de empréstimos em 2011, diz jornal oficial

Publicado em 14/12/2010 07:44
A China provavelmente irá impor um limite de cerca de 7,5 trilhões de yuans (US$ 1,1 trilhão) em novos empréstimos no ano que vem, a mesma meta deste ano, disse um jornal oficial nesta terça-feira, em um sinal de que a política pode ser um pouco mais afrouxada do que se pensava.

A matéria do China Securities Journal cita uma fonte anônima.

"A economia chinesa é muito grande agora e uma meta de 7,5 trilhões de yuans em novos empréstimos não irá estimular a inflação", segundo disseram as fontes ao jornal.

INFLAÇÃO

A China declarou ontem que irá implementar uma política fiscal "ativa" e uma política monetária "prudente" no próximo ano. Semana passada, a política tinha sido definida como "apropriadamente flexível" pelo governo do Partido Comunista.

A política fiscal será utilizada para manter crescimento estável e melhorar a estrutura da economia, segundo documento. "A prioridade é lidar com as relações entre manter um crescimento econômico estável e relativamente rápido, a reestruturação econômico e lidar com as expectativas da inflação", afirma o texto. "A reestruturação econômica estratégica será acelerada e estabilizar o nível dos preços terá uma posição mais proeminente".

Neste sábado, a China anunciou uma inflação de mais de 5%, a mais alta desde o estouro da crise financeira de 2008. A alta mostrou sinais de que não se restringe aos preços de alimentos, aumentando a pressão para que o governo adote políticas mais rigorosas.

O índice dos preços ao consumo, principal indicador da inflação, aumentou em novembro 5,1% ao ano, ante 4,4% em outubro, segundo o BNS (Escritório Nacional de Estatísticas). Para os 11 primeiros meses do ano, o aumento em relação ao mesmo período de 2009 é de 3,2%, acima da meta de 3% concedida pelo governo.

A inflação é um dos principais motivos de descontentamento social entre a população, por isso o governo chinês ordenou controles temporários de preços, aumento da produção agrícola e criadora de gado e limitação dos custos energéticos.

A mudança de estratégia, aliada à apreensão com a inflação, deve levar a aumentos mais agressivos das taxas de juros e maiores restrições a empréstimos, dizem analistas.

Pequim está tentando promover o consumo doméstico a fim de reduzir a dependência das exportações.

A liderança que assinou a nota prometeu estabelecer um teto para a liquidez no sistema bancário, alimentado por fluxos de capital crescentes, e direcionar mais empréstimos para a economia real, de acordo com a mídia oficial.

Outros índices econômicos em pauta no sábado devem ter dado ao governo chinês a confiança para intensificar os controles, uma vez que os sinais indicam um impulso de crescimento impressionante na segunda maior economia do mundo.

Na sexta-feira (10), o banco central aumentou os depósitos compulsórios dos bancos terceira vez em um mês para aparar os excessos de capital na economia. A alta da inflação sugeriu que uma ação mais resoluta era necessária.

"As atuais medidas de controles macros são um pouco relaxadas. A chave é observar como serão implementadas no começo do ano que vem", disse Dong Xian'an, economista-chefe da Industrial Securities, em Pequim.

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Fonte:
Reuters

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