Sobreviventes do Japão enfrentam clima rude e escassez de alimentos
Arrasada pelo tsunami, a cidade histórica de Kamaishi só agora começou a ver chegar as equipas de resgate. Oficialmente, a tragédia cobrou perto de cinco mil vidas, mas há ainda dezenas de milhares de desaparecidos.
Um residente de Kamaishi diz que precisa de coisas tão básicas como “um banho”, mas contenta-se se conseguir combustível para combater o frio.
No norte do país, um milhão e meio de casas não tem água corrente e mais de 800 mil estão sem eletricidade.
Imagens de longas filas de pessoas para tentar obter alimentos nos supermercados tornaram-se correntes, tal como filas de carros nas bombas de gasolina, na esperança de obter algum combustível.
Os peritos internacionais chamam a atenção para o facto dos receios de radiação estarem a desviar as atenções dos problemas que enfrentam as centenas de milhares de sobreviventes. Questões tão básicas como combater o frio, obter água potável ou alimentos suficientes.
Num centro de evacuação de Yamagata, que recebeu população deslocada de Fukushima, um voluntário encarregue da logística sublinhava que a comida poderá acabar em breve.