Alimentos são destaque da produção industrial em fevereiro
O avanço do setor pode ser explicado pelo aumento da renda no mercado interno, além da elevação das exportações, de acordo com o gerente da coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo.
"Há maior demanda e avanço das exportações como por açúcar, carne e carne de aves. São exemplos de produtos industriais, de alimentos, que ajudam a entender um pouco este resultado da indústria. É um segmento que tem um peso importante na indústria. Outro grupamento que ajuda a entender a alta é parte dos derivados de soja", disse Macedo.
A produção de veículos automotores, entre automóveis, caminhões, carrocerias e peças, tiveram o segundo maior impacto sobre a produção industrial de fevereiro, com elevação de 4,7%. O setor reverteu a queda de 4,7% que havia sido registrada em janeiro. No ano, tiveram a maior influência da indústria, com avanço de 24,1%.
Em fevereiro, em terceiro lugar, apareceram produtos de metal, com avanço de 7%. No ano, subiram 10,4%. A redução do volume de importações fez com que a metalurgia básica tivesse crescimento de 3,3%, mesmo após subir 5,5% no mês anterior.
Por sua vez, o apagão registrado na região Nordeste teve impacto sobre a produção da indústria de produtos químicos, que caiu 1% em fevereiro. Na comparação com o ano anterior, a queda foi mais acentuada, de 8,7%.
Na comparação anual, os destaques por categorias de uso ficaram para bens de capital e bens de consumo duráveis, ambos com taxas de dois dígitos, de 17,9% e 17,4%, respectivamente.
No mês, os bens de capital tiveram alta de 0,9%, mas os bens duráveis tiveram queda de 2,3% na comparação com janeiro. Segundo Macedo, a base de comparação era muito alta. O segmento havia avançado 6,1%, muito afetado pelo setor de material eletrônico e de comunicações, com efeitos de celulares, que haviam crescido 35%, porque, em dezembro de 2010, houve férias coletivas.
Os bens de consumo avançaram 1,3% ante janeiro e 6,9% em relação a equivalente mês do ano passado. Os intermediários tiveram alta de 1,3% em fevereiro e de 4,1% ante o ano passado. Os bens semiduráveis e os não duráveis tiveram queda de 0,2% em fevereiro, mas, no ano, subiram 3,6%.