Paz no campo e legalidade para a produção agropecuária nacional
A atualização do Código Florestal brasileiro que tramita na Câmara dos Deputados vai trazer paz ao campo e legalidade para a produção agropecuária nacional, afirmou há pouco a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, durante mobilização que reúne, neste momento, mais de 24 mil produtores rurais na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para pedir a votação pela Câmara dos Deputados do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que atualiza a legislação ambiental.
A presidente da CNA lembrou que, ao defender a modernização do Código, os produtores rurais não querem desmatar mais áreas, como apontam erroneamente os críticos à proposta de revisão da lei ambiental. Afirmou que as atuais áreas de produção são suficientes para aumentar a produção de grãos em três vezes e a produção de pecuária em quatro vezes. “Nós queremos apenas legalizar esse patrimônio que não é os produtores rurais, é do Brasil. É um terço do PIB, um terço das exportações e um terço dos empregos”, afirmou.
Em entrevista coletiva após missa campal realizada na Esplanada, a senadora Kátia Abreu lembrou que a reserva legal não existe em nenhum lugar do mundo. Comentou, ainda, que são os pequenos agricultores os maiores prejudicados pela lei que exige o cumprimento da reserva legal. “Os agricultores familiares que têm pouca terra, um pedaço de chão pequeno, ainda têm que deixar a reserva legal, o que pode comprometer o sustento dessas famílias”, completou.
A presidente da CNA lembrou que os produtores rurais respeitarão a posição do Congresso Nacional, que tem o poder de votar a proposta que atualiza do Código, mas alertou que se o Código Florestal não for atualizado, a oferta de alimentos no País diminuirá, o que é ruim para o País. “Quando há escassez de produto, há aumento de preços. A economia funciona na cidade do mesmo jeito que funciona no campo”, apontou.
Completou, ainda, que o mundo não pode abrir mão da produção brasileira de alimentos num momento em que 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo passam fome. “Nós não temos condições morais e éticas de diminuir a área plantada com alimentos. Mas também não podemos mais desmatar nossas florestas, estamos de acordo com isso”, afirmou.
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