Ministro da Agricultura defende união dos países sulamericanos

Publicado em 03/05/2011 08:15
Posição foi definida pelos integrantes do Conselho Agropecuário do Sul durante encontro realizado na 18ª Agrishow e será levada ao G-20 agrícola em junho.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, abriu oficialmente nesta segunda-feira, 2 de maio, a 18ª edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto (SP).

Paralelamente ao evento, Wagner Rossi promoveu uma reunião extraordinária a campo do Conselho Agropecuário do Sul (CAS). Estiveram presentes os ministros da Agricultura da Argentina, Julian Dominguez, e do Uruguai, Tabaré Aguerre; a ministra do Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, Nemesia Achacollo; o vice-ministro da Agricultura do Paraguai, Armin Hamann; e o diretor do Ministério da Agricultura do Chile Gustavo Rojas.

O ministro, que atualmente preside o CAS, destacou a importância de a reunião ser realizada durante uma das feiras agrícolas mais importantes do Brasil, o que permitiu à comitiva conhecer a tecnologia de ponta da agricultura brasileira. Outro ponto ressaltado por Wagner Rossi foi a possibilidade de estreitar ainda mais a união entre o bloco. “O Mercosul tem papel fundamental no futuro da produção agrícola mundial”, defendeu.

“Estamos trabalhando na ótica de que, para o futuro da humanidade, a produção do Mercosul é importantíssima. Temos condições naturais e gente capacitada para aumentar a produção de alimentos. Nada será mais importante nos próximos anos e todos esses países são capazes de contribuir”, avaliou.

Rossi antecipou que ele e o ministro da Agricultura da Argentina defenderão essa posição na próxima audiência do G-20 agrícola, marcada para junho, em Paris. De acordo com o ministro, aumentar a produção é o único caminho para garantir preços mais equilibrados para os alimentos e a segurança alimentar da população.

“Nenhum outro mecanismo funciona. Hoje, se você diminuir os preços agrícolas, se o produtor não tiver remuneração, no próximo ano teremos uma péssima colheita e os preços subirão novamente. É preciso buscar equilíbrio, garantir preços remuneradores para os produtores e aumentar a produção”, declarou.

Depois de um encontro oficial, os integrantes dos CAS realizaram uma visita pelo parque de exposições para conhecer as últimas novidades em máquinas e tecnologias do setor. Eles foram acompanhados por secretários do Ministério.

Código Florestal

Às vésperas de uma das decisões políticas mais importantes para o futuro da agricultura brasileira – a votação do novo Código Florestal na quarta-feira, dia 4 de maio –, o ministro Wagner Rossi assegurou que faltam apenas alguns detalhes a serem acertados e que os pontos de consenso entre o Governo, o relator Aldo Rebello (PCdoB-SP) e a bancada agrícola serão mantidos.

“Não existe projeto alternativo. Aquilo que foi definido em conjunto será votado como consenso. Alguns pouquíssimos pontos serão levados a voto, porque na democracia, o critério para resolver pendências e diferenças de posições é o voto. O governo pode garantir que os produtores não serão prejudicados”, ressaltou.

Rossi reiterou que posições radicais nada acrescentam para a agricultura do país. O ministro lembrou que o setor tem um alto nível de preservação ambiental – 55% da cobertura vegetal nativa mantida, por exemplo – e é modelo em aumento de produção de alimentos com respeito ao meio ambiente.

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