Indefinição sobre Código causa suspensão de investimentos, afirma presidente da Agrishow

Publicado em 03/05/2011 19:12
O empresário do Grupo Maubisa, Maurílio Biagi, defendeu nesta terça, dia 3, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto, que o setor rural faça um forte lobby no Congresso, contra as mudanças feitas no relatório final da reforma do Código Florestal, apresentado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) . Afirmou também que a indefinição sobre a lei tem causado suspensão de investimentos por parte de empresários do setor.

– Investimentos estão suspensos por causa dessa indefinição. Quem está consolidado, está esperando. Quem não está, segura os investimentos. No meu caso mesmo, só resta esperar, pois a cana já está plantada – afirmou o empresário.

O empresário critica a retirada da faixa de 15 metros de Área de Preservação Permanente para leitos de rios com até cinco metros. Biagi também é contra a ideia de que só o governo federal possa tratar de legislação ambiental. Para ele, os Estados e municípios conhecem as particularidades de cada região do país.

– Essas mudanças não fazem sentido, mas são parte da negociação – avaliou o empresário, para quem a polêmica em torno do Código Florestal é “terrorismo ambiental financiado pelo exterior”.

– Toda essa negociação penaliza a produção, a competência. O deputado Aldo Rebelo, que é um nacionalista, vê claramente esse interesse externo de prejudicar o Brasil, de tornar o país menos competitivo. A maior arma do produtor contra isso é produzir – criticou.

Biagi, que passa a presidir a Agrishow, avalia ainda que, quanto mais a votação do Código Florestal demorar, mais pressão vai ser feita, principalmente, por parte dos ambientalistas.

– Da forma como o relatório está, ficou desfavorável ao setor rural. A proposta original do deputado Aldo Rebelo era a mais justa, considerando a situação atual. O setor tem que se mobilizar. A classe política precisa sentir que o setor está mobilizado – defende o empresário.
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Fonte:
Canal Rural

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