Após queda de preços, demanda por etanol volta a crescer

Publicado em 17/05/2011 07:43
A demanda por etanol começa a reagir à queda dos preços do etanol nos postos de combustíveis do país. Na última semana, abastecer com o biocombustível passou a ser mais vantajoso em três Estados brasileiros, entre eles, São Paulo, o maior consumidor nacional de combustíveis. Na média, compensa abastecer com etanol quando o preço deste equivale a 70% do preço da gasolina.

Com o retorno da demanda após a queda dos preços, as cotações do etanol se estabilizaram nas usinas. Em queda livre desde a segunda quinzena de abril, o litro do combustível teve uma leve alta, de 0,39%, na última quinta-feira. Permaneceu estável no dia seguinte e ontem registrou ligeira valorização, de 0,05%, fechando a R$ 1.018,00 o m3, segundo o indicador de preços Esalq/BM&F em Paulínia (SP).

De acordo com Tarcilo Rodrigues, diretor da comercializadora Bioagência, responsável pela negociação de 10% do etanol brasileiro, a expectativa é de que o preço do hidratado na usina ainda suba um pouco nos próximos dias.

Ele argumenta que o repasse da queda das semanas anteriores ao consumidor final ainda não ocorreu em sua totalidade. Assim, ao deparar-se com preços na bomba ainda menores do que os atuais, o consumidor deve aumentar o consumo, o que pode levar os preços na usina a nova valorização. "Neste momento, a oferta de etanol ainda está prejudicada pela qualidade ruim da cana", afirma Rodrigues, que acredita em preços de equilíbrio entre R$ 1,15 e R$ 1,20 por litro.

Mesmo com o repasse parcial de preços ao consumidor final, o etanol passou a ser viável em três Estados, segundo cálculos feitos com base em dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) referentes à semana encerrada em 14 de maio. "A demanda aumentou e parece ter se equilibrado com a oferta", diz Mirian Bacchi, pesquisadora do Cepea e professora da Esalq.

O valor médio do litro do hidratado nos postos de São Paulo, maior consumidor nacional de combustíveis, fechou a semana passada valendo R$ 1,958, queda de 5,6% em relação à semana anterior, quando valia R$ 2,075.

Nesse mesmo intervalo, a gasolina também recuou na média do Estado, mas em menor intensidade (0,6%). Com isso, o preço do etanol passou a equivaler 69,9% do preço da gasolina.

Em Mato Grosso, o recuo dos preços do álcool nos postos foi ainda mais intenso, segundo a ANP. Na média do Estado, o litro valia na semana encerrada no dia 7 de maio R$ 2,278 e nos sete dias seguintes, fechou a R$ 2,043, retração de 10,3%. Como a gasolina também caiu com força (6,5%), a relação de preço com o etanol ficou em 68,5%. Em Goiás, o etanol caiu 11,9% e passou a valer 68,2% do preço da gasolina.

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Fonte:
Valor Econômico

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