Com restrições, Cade aprova fusão da compra de Sadia pela Perdigão

Publicado em 13/07/2011 15:16
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça acaba de aprovar a compra da Sadia pela Perdigão com algumas restrições, que vão desde a suspensão da marca Perdigão por até cinco anos à venda de marcas menores e de outros ativos como fábricas, centrais de distribuição e abatedouros de animais.  

Os ativos, que serão vendidos, equivalem a metade da Perdigão no mercado interno. O conselho fez uma divisão entre o que é vendido no Brasil e o que é exportado.

O Cade procurou não afetar as exportações da Brasil Foods. A marca Sadia, que é considerada fundamental para as exportações da empresa, foi mantida integralmente. No mercado interno, a Sadia é responsável pela produção de 730 mil toneladas de alimentos processados. Esses ativos serão vendidos para uma nova empresa.

Pelo acordo, a BRF não poderá criar novas marcas para suprir o espaço que deve ocorrer em diferentes mercados que deixa de atuar como lasanha, pizza e presunto.

As condições finais do termo ainda serão divulgadas pelo Cade. O placar do julgamento foi de quatro votos a um para a aprovação do negócios com as restrições.

Os conselheiros Ricardo Ruiz, Alessandro Octaviani, Marcos Paulo Veríssimo, Olavo Chinaglia votaram a favor da aprovação. O relator do processo Carlos Ragazzo manteve seu voto pela reprovação do negócio.

Concorrentes diretos da BRF poderão comprar um terço da empresa

As empresas concorrentes da Brasil Foods, como Seara, Marfrig e JBS vão poder comprar os ativos que a empresa vender, conforme foi decidido hoje pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo explicou o conselheiro, Ricardo Ruiz, a venda será feita em três etapas.

A primeira envolve negociações privadas entre a BRF e os possíveis compradores; a segunda será um leilão de venda por preço mínimo e a terceira será a realização de um leilão sem preço mínimo. Essa última acontecerá caso a segunda não tenha sucesso.
 
Ruiz afirmou que a parte da BRF que será vendida equivale a um terço da companhia, que tem participação de mercado variado de acordo com o setor, ao todo, esse pedaço da BRF que vai ser vendido, envolve 14 mercados diferentes. Essa fatia da Brasil Foods será capaz de produzir 730 mil toneladas de alimentos processados.

O prazo para venda foi mantido sob sigilo. A BRF terá de manter investimentos nas marcas que serão vendidas até a conclusão da operação. No acordo assinado com o Cade, foi estipulado que a queda de 1% de participação de mercado em cada marca que for vendida pode levar a multa de R$ 25 milhões. A medida tem objetivo de preservar as marcas que vão ser vendidas.

Os contratos que a BRF tem com fornecedores de produtos, que são em maioria pequenos e médios produtores, serão mantidos e assim que parte da companhia for vendida, eles serão transferidos para a empresa compradora.   

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Fonte:
Valor Online

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