EUA: Republicanos e democratas apresentam propostas distantes e opostas
O porta-voz da Casa Branca Jay Carney disse que o plano de Reid prevê uma “significativa redução nos pagamentos” ao tratar dos desafios fiscais do país. Carney disse que a Casa Branca continuará a trabalhar com Reid para ajudar a construir uma “abordagem equilibrada” para reduzir o déficit, que inclui acabar com brechas fiscais.
O plano de Reid prevê um corte de US$ 2,7 trilhões nos gastos ao longo dos próximos dez anos e um aumento no limite da dívida pública suficiente para manter o governo funcionando até o final de 2012, mas sem um aumento nos impostos, uma vez que os republicanos afirmam que não podem apoiar impostos mais altos como parte do esforço para reduzir o déficit. A proposta democrata atinge os planos discricionários, com um corte de US$ 1,2 trilhão, e poupa os programa sociais, como o Medicare.
Carney disse que a proposta de Reid deve receber o apoio de ambos os partidos. “Esperamos que os republicanos da Câmara venham a concordar com este plano para que os EUA possam evitar um default de suas obrigações. A bola está em sua casa”, disse o porta-voz da Casa Branca.
Por outro lado, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, apresentou uma proposta baseada nos princípios do plano “cortar, limitar e equilibrar” que foi derrubado pelo Senado na sexta-feira. Ele rejeitou a proposta de Reid como um plano cheio de “truques”.
Boehner disse que o seu plano de duas fases é “responsável, uma proposta de senso comum” que atende as obrigações para com o povo americano e preserva a credibilidade dos EUA. A proposta prevê um aumento no teto da dívida de US$ 1 trilhão que seria seguida por outro aumento de US$ 1,6 trilhão, que exigiria cortes de gastos maiores.
“Este plano está longe de ser perfeito, mas corresponde aos nossos princípios de assegurar que os cortes de gastos sejam maiores do que qualquer aumento no limite da dívida e não inclua aumento nos impostos”, disse Boehner em comunicado divulgado à imprensa.
Indefinição sobre teto da dívida continua a afetar bolsas americanas
A indefinição acerca da proposta de aumentar o teto da dívida americana continuou a dar o tom das bolsas em Nova York. Republicanos e democratas continuaram a apresentar suas propostas hoje, que foram do corte de gastos com guerras à redução das despesas sociais - ambas não factíveis.
A data-limite para que cheguem a um acordo é 2 de agosto. A possibilidade de o país mais rico do mundo dar um calote parcial em sua dívida assombra os mercados mundiais e a espada estará sobre as bolsas até que seja firmado um acordo.
O índice Dow Jones Industrial Average perdeu 0,70%, aos 12.592 pontos. O S&P 500 recuou 0,56%, aos 1.337 pontos. E na bolsa eletrônica, o índice composto Nasdaq caiu 0,56%, aos 2.842 pontos.
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