No G1: Para Casa Branca, plano republicano sobre dívida dos EUA é teatro político

Publicado em 28/07/2011 15:27
Plano do republicano John Boehner deve ser votado hoje na Câmara. Governo tem até 2 de agosto para conseguir ampliar teto da dívida do país.
A Casa Branca considerou o plano para a dívida e o déficit dos Estados Unidos apresentado pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, um teatro político que não tem chance de ser aprovado pelo Senado. "Não há dúvidas de que esse projeto é um ato político", disse Jay Carney, secretário de imprensa da Casa Branca.

Segundo Carney, o plano "não irá a lugar algum no Senado dos EUA (...). Por isso precisamos começar a fazer coisas que realmente podemos aprovar nas duas Casas e transformar em lei", acrescentou.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos deverá votar nesta quinta-feira (28) o plano de Boehner, que prevê um corte no déficit e uma elevação no teto da dívida por cerca de seis meses.

A Casa Branca e os democratas são contrários ao plano porque temem que um aumento no limite de endividamento por seis meses possa injetar mais incertezas durante um dos momentos mais importantes economicamente para o país, o Natal.

A votação de hoje havia sido adiada porque o Departamento de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) indicou que sua proposta para reduzir o déficit dos EUA não alcançava o objetivo de US$ 1,2 trilhão de economia.

Na véspera, a Casa Branca reafirmou que um acordo no Congresso para elevar o teto da dívida é “essencial e possível”, seis dias antes do fim do prazo a partir do qual os Estados Unidos não poderão mais fazer empréstimos para pagar seus compromissos financeiros.

"Continuamos pensando firmemente que um acordo é essencial e possível", declarou durante entrevista coletiva Carney. "No fim, nós acreditamos em um acordo", afirmou.

O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote - que seria o primeiro da história americana.

A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios.

Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei.

Isso porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.

Standard & Poor's
O presidente da agência classificadora de risco, Standard and Poor's, Deven Sharma, afirmou nesta quarta a legisladores que seus analistas continuam excluindo a possibilidade de que os Estados Unidos entre em cessação de pagamentos.

"Baixar a nota de um país não significa que ele vá entrar em default, mas sim que aumentaram os riscos", disse Sharma aos membros da Comissão de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes, que o interrogaram nesta quarta-feira a respeito.

"Tudo o que significa o triplo A é que aqueles que possuem esta classificação apresentam uma probabilidade baixa, muito baixa, de default", afirmou.

A Standard and Poor's anunciou em abril que previa baixar a nota da dívida de longo prazo dos Estados Unidos (que era de AAA), devido às perspectivas orçamentárias do país.

"Alguns dos planos anunciados para resolver o problema da dívida podem atingir esse objetivo. Queremos ver qual é a proposta final antes de nos pronunciarmos", disse Sharma.

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Fonte:
G1.com

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