Governo argentino se reúne com triticultores

Publicado em 05/08/2011 08:20
O anúncio, pelo governo argentino, de que o próximo lote de exportações de trigo - de 450 mil toneladas - será restrito às cooperativas do país criou um mal-estar no mercado e deverá provocar, nas próximas horas, uma reunião entre produtores, tradings e representantes do governo. O setor do trigo reclama desde 2006 das intervenções frequentes no mercado, que ganham força à medida que se aproximam as eleições presidenciais de 23 de outubro.

As seis bolsas de cereais do país acusam o governo de discriminação e as diferenças internas da administração federal sobre como lidar com a questão aumentam. O mercado está praticamente paralisado. Fontes do setor informaram que funcionários do governo vão se reunir com as bolsas para discutir medidas para a retomada imediata dos negócios.

Com a derrota eleitoral nas eleições para governador na província de Santa Fe, há 15 dias, Kirchner tentou seduzir os pequenos e médios produtores na esperança de evitar nova derrota em Córdoba, dia 7 deste mês, e em Buenos Aires, dia 23 de outubro. Trata-se das três maiores regiões agrícolas do país e com os maiores colégios eleitorais. O governo determinou que o trigo liberado só poderá ser exportado por cooperativas de pequenos produtores e da província de Entre Rios.

Os representantes das bolsas se reuniram para discutir a medida, qualificada como "discricionária e discriminatória". Em uma nota, "as bolsas ratificam sua posição contrária a todo tipo de disposição que implique o reconhecimento de privilégios ou condições especiais em benefício de certos atores de mercado". O comunicado diz, ainda, que "a única via para normalizar o funcionamento do mercado de trigo será a abertura das exportações".

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Fonte:
DCI

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