Economia do clima gera oportunidades para a agricultura

Publicado em 16/08/2011 15:12
Fórum da CNA vai abordar mercado de carbono e empregos verdes.
A agricultura é uma das atividades econômicas que mais serão impactadas com os efeitos do aquecimento global. Mas o setor também se coloca em posição de destaque entre as oportunidades da chamada “economia do clima”. É com esse entendimento que a pesquisadora do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudança Climática - Centro Clima / COPPE / UFRJ, Carolina B. S. Dubeux, falará sobre o tema “Buscando uma economia verde com a agricultura”, durante o Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para o Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima (FEED 2011), nos dias 5 e 6 de setembro, no auditório da Fecomércio, em São Paulo.

O Fórum, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros em uma série de debates sobre as mudanças climáticas e os desafios de alimentar mais e emitir menos CO2.  Segundo Carolina Dubeux, para aproveitar essas oportunidades, é preciso que se definam políticas de mitigação, que terão custo menor em relação ao custo da inércia.

 “A agricultura tem uma relação absolutamente estreita com o clima, seja com relação aos impactos que causa, seja porque dele depende como nenhuma outra atividade econômica. Assim, no seu próprio interesse, o setor não pode prescindir de adotar práticas que reduzam sua emissão de gases de efeito estufa bem como que garantam produtividade em face da mudança do clima que está por vir”, avalia.

Estudo recente coordenado pela pesquisadora revela que as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global tendem a aprofundar as desigualdades regionais e de renda no país, com uma incidência menor de chuvas no Nordeste e redução de geadas no Sul, afetando diretamente a produção agrícola. A CNA pretende transformar em vantagem competitiva no mercado internacional a adoção de práticas que tenham o objetivo de minimizar os reflexos do aumento da temperatura sobre a produção de alimentos.

Segundo a pesquisadora, que é doutora em Planejamento Energético e Ambiental, e tem atuado no desenvolvimento de estudos sobre opções de mitigação da mudança climática e desenvolvimento socioeconômico, a agricultura verde se insere no contexto de uma economia voltada ao aumento do bem-estar, da equidade social e da diminuição de riscos ambientais. “Podemos dizer que esta economia deve emitir menos carbono e outros poluentes, ser mais eficiente e contribuir para melhorar a qualidade de vida. É, portanto, uma economia onde há mais ganhos que aquela tradicionalmente praticada. Sua adoção ocorrerá em maior ou menor grau em função das políticas que vierem a ser estabelecidas, dos instrumentos econômicos que forem adotados e dos conhecimentos técnicos que puderem ser difundidos”, alerta.

Para debater as oportunidades para a agricultura na economia do clima, foram convidados também o diretor do American Carbon Registry, John Kadyszewski, que falará sobre “Práticas agrícolas e o mercado de carbono”; e o conselheiro da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Peter Poschen, que falará sobre “Empregos verdes na agricultura”.

O FEED 2011 será aberto, no próximo dia 5 de setembro, às 9 horas, pela presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Estão previstas as presenças do ministro das Relações Exteriores (MRE), Antonio de Aguiar Patriota, e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Wagner Rossi.

As inscrições são gratuitas, e devem ser feitas até o dia 15 de agosto pela internet: https://www.canaldoprodutor.com.br/feed2011. Acesse o site e confira a programação.

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Fonte:
CNA

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