Crise atual é diferente de 2008, e exige medidas diversas, diz Dilma

Publicado em 29/08/2011 13:26
A crise externa é diferente daquela de 2008, e, portanto, a resposta do governo brasileiro deve ser diferente daquela tomada entre o fim de 2008 e meados de 2010. Esta é a avaliação que a presidente Dilma Rousseff fez do atual estresse vivido pelos mercados financeiros e governos dos países ricos.

Na reunião que teve com seis líderes sindicais hoje cedo, no Palácio do Planalto, Dilma foi enfática: "A crise hoje é diferente, portanto nossa resposta deve ser diferente. É preciso uma mudança de paradigma da política econômica", afirmou, segundo o relato de três participantes da reunião.

De acordo com um dirigente sindical, a presidente abriu a reunião com a previsão de que a crise internacional se estenderá por mais dois anos. Assim, a resposta do governo deve se concentrar, agora, na política monetária, e não na expansão fiscal. "Trata-se de uma crise totalmente diferente daquela que vivemos e enfrentamos em 2008", afirmou a presidente, apontando para o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Desta vez os esforços do governo devem se concentrar em maior aperto fiscal, como forma de "preparar" o Estado para uma ação fiscal caso o cenário piore, no futuro.

Neste primeiro momento, então, a ação do governo brasileiro se dividirá em duas frentes: um aperto extra na política fiscal, via aumento em 0,5 ponto percentual da meta do superávit primário perseguida neste ano, que, por consequência, abrirá espaço para um relaxamento na política monetária.

Na reunião com os sindicalistas, Mantega afirmou que o esforço fiscal adicional não será construído com ampliação de impostos. "O primário será engordado pela arrecadação extraordinária que o governo está registrando neste ano", afirmou o ministro, segundo relatos.

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Fonte:
Valor Econômico

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