Bolsas europeias despencam com medo de quebra da Grécia
O alemão Jürgen Stark informou que vai deixar a instituição antes do fim do seu mandato, que iria até março de 2014, por “razões pessoais”. Segundo a imprensa europeia, Stark não teria concordado com a política monetária expansionista adotada pelo BCE, especialmente com o programa de recompra de títulos espanhóis e italianos, que tem sido usado para controlar as taxas desses papéis.
A Grécia revelou hoje que sua economia registrou contração de 7,3% no segundo trimestre, pior que o previsto. Membros da União Europeia acreditam que as metas de redução do déficit não serão cumpridas, e alguns políticos e analistas já falam abertamente de uma possível saída do país do bloco econômico.
O governo alemão está preparando um plano para dar respaldo aos bancos do país, caso a Grécia não consiga cumprir os termos do acordo de resgate, o que impediria o país de receber a segunda parcela de ajuda financeira, acabando em default, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg.
O pacote de geração de empregos nos EUA, anunciado ontem à noite pelo presidente Barack Obama, surpreendeu pelo tamanho, de US$ 447 bilhões ante os US$ 300 bilhões previstos por analistas, mas não surtiu nenhum efeito positivo sobre o desempenho dos mercados europeus hoje.
Entre as principais bolsas europeias, o índice FTSE 100, de Londres, caiu 2,35%, para 5.215 pontos; o CAC 40, de Paris, perdeu 3,60%, para 2.975 pontos; em Frankfurt, o DAX recuou 4,04%, para 5.190 pontos; o Ibex 35, em Madri, registrou baixa de 4,44%, aos 7.910 pontos; e o FTSE MIB, de Milão, terminou com queda de 4,93%, aos 14.020 pontos.
O setor bancário mais uma vez liderou a lista de baixas. Societe Generale perdeu 10,6%, Commerzbank recuou 8,7% e RBS caiu 5,5%.
As ações da Porsche despencaram 14% depois que a Volkswagen informou que a fusão entre as duas montadoras não ocorrerá até o final deste ano devido a uma série de processos judiciais contra a fabricante de carros esportivos.