Instável, Ibovespa cai com mercado de olho na crise europeia
No Brasil, o Ibovespa chegou a subir 1,2% na máxima do dia e a romper a linha dos 56 mil pontos, mas as vendas logo ganharam força. Por volta das 13h10, o Ibovespa recuava 0,42%, aos 55.453 pontos, com giro financeiro de R$ 2,1 bilhões.
Em Wall Street, as bolsas também apresentam instabilidade. Há pouco, o índice Dow Jones tinha desvalorização de 0,25%, enquanto o S&P 500 subia 0,16% e o Nasdaq avançava 0,52%.
O operador de renda variável da Hencorp Commcor Rafael Dornaus ressalta que informações desencontradas sobre a economia europeia estão estimulando o clima de insegurança dos agentes.
Se ontem a expectativa era de que a China fosse ajudar a Itália ao comprar títulos do país, hoje o fracassado leilão realizado mostrou que o movimento não foi confirmado.
O Tesouro italiano pagou caro e levantou apenas 6,5 bilhões de euros, abaixo do teto da meta da operação.
De toda forma, o mercado segue atento às iniciativas de países emergentes, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Reportagem do Valor mostrou hoje que eles tentam preparar uma ação conjunta para sinalizar ajuda à economia global. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os principais países emergentes vão discutir de fato na próxima semana como ajudar a Europa a enfrentar a crise.
O Valor apurou que uma das ideias em exame é a de aumentar a parte de reservas internacionais dos países do Brics aplicada em títulos denominados em euros.
Empresas
Dentro do Ibovespa, a maior parte das ações operavam no “vermelho”, com destaque para Lojas Renner ON (-3,15%, a R$ 58,59), Hering ON (-3,44%, a R$ 33,10) e BR Malls ON (-3,53%, a R$ 19,62).
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ainda recuava 1,97%, a R$ 27,73, e as units do Santander Brasil cediam 2,34%, a R$ 14,60.
Petrobras PN se depreciava em 0,68%, a R$ 20,20, enquanto Vale PNA ganhava 0,36%, a R$ 41,43.
Os destaques de alta pertenciam aos papéis B2W ON (6,86%, a R$ 17,28), Lojas Americanas PN (2,69%, a R$ 16,01) e Brasil Foods ON (2,10%, a R$ 31,96).
O mercado ainda analisa a emissão privada de debêntures a ser feita pelas Lojas Americanas no valor de R$ 292,6 milhões. O BNDES, por meio da subsidiária BNDESPar, deve subscrever os títulos.