S&P corta em uma nota rating da Itália e mantém perspectiva negativa

Publicado em 20/09/2011 08:03 e atualizado em 20/09/2011 12:41
A agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou a nota de crédito soberano de longo e curto prazo da Itália para de "A" e "A-1", respectivamente, de "A+" e "A-1+". Ambas as perspectivas são negativas, o que sugere que a agência deve promover novos cortes. Antes desse corte, a agência já tinha mudado a perspectiva da nota do país para negativa em maio do ano passado.

Dentre os critérios de análise, "política" e "dívida" foram os principais contribuintes para o rebaixamento. As pontuações relacionadas com os outros elementos da metodologia da agência - como estrutura econômica, externa e monetária - não contribuiu para a revisão, segundo comunicado da S&P.

"O corte reflete a nossa visão de enfraquecimento das perspectivas de crescimento econômico da Itália, assim como a visão de que a fraca coalizão do governo e as diferenças políticas que existem dentro do parlamento provavelmente vão continuar a limitar a capacidade do governo para responder de forma decisiva os desafios dos cenários macroeconômicos doméstico e externo", explica a agência em comunicado.

As notas de transferência e conversibilidade continuam em "AAA", como as de todos os países membros da zona do euro.

Governo italiano diz que rebaixamento da classificação da dívida é irreal

O governo italiano afirmou nesta terça-feira (20) que as conclusões nas quais se baseou a agência de medição de riscos Standard & Poor's (S&P) para rebaixar a classificação da dívida soberana da Itália estão ditadas por informações de jornais e não se baseiam na realidade. "As avaliações da Standard & Poor's parecem mais ditadas pelo que contam os periódicos do que pela realidade, e estão influenciadas por considerações políticas', disse o governo italiano em comunicado.

Em sua conclusão, a S&P informa que "o rebaixamento reflete nossa visão de que a frágil coalizão que governa a Itália e as diferenças políticas dentro do Parlamento seguirão limitando a habilidade do governo para responder de forma decisiva aos desafios internos e ao entorno macroeconômico externo".

Por isso, o governo de Silvio Berlusconi matizou em seu comunicado que "sempre obteve a confiança do Parlamento, demonstrando a solidez de sua maioria". Além disso, lembra na nota que a "Itália aprovou recentemente intervenções que preveem o equilíbrio orçamentário em 2013 e que o governo projeta medidas a favor do crescimento, cujos frutos serão vistos já a curto ou médio prazo".

As conclusões da S&P fizeram com que na manhã desta terça disparasse o prêmio de risco da Itália, medido pelo diferencial entre o bônus italiano a dez anos e o alemão de mesmo prazo, alcançando 399,3 pontos. Já a Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa, com seu principal indicador, o FTSE MIB, perdendo 1,05%.

Sobre a Itália pesa também a próxima decisão da agência de classificação de riscos Moody's, que na última sexta-feira (16) decidiu esperar mais um mês para estudar um possível rebaixamento, depois que em 17 de junho pôs em revisão a avaliação do país europeu.

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Fonte:
Valor Econômico + EFE

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