China ajuda Europa se reequilibrar a própria economia, diz FMI
“Existem outras contribuições que a gente poderia discutir”, disse Viñals. “Mas penso que [o reequilíbrio da economia chinesa] é a coisa mais importante.”
O recado desse alto funcionário do FMI ocorreu um dia antes de uma reunião em Washington entre os ministros da Fazenda do grupo conhecido como Brics para discutir formas de ajudar a Europa.
Vinãls foi questionado, durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira Mundial, se haveria um papel para os Brics ajudarem a Europa por meio de investimentos em papéis europeus – em especial os emitidos pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.
O funcionário do FMI indicou que isso pode ajudar, mas não é o melhor que os chineses podem fazer. A declaração de Viñals expõe os desafios de encontrar políticas comuns para ajudar a Europa entre um grupo de países tão heterogêneo como os que formam os Brics – Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul. Em junho, o grupo falhou em apresentar uma candidatura comum para o comando do FMI, sucedendo Dominique Strauss-Kahn.
A China vem resistindo a fazer o chamado reequilíbrio de sua economia, que de um lado envolveria estimular o consumo das famílias e, de outro, corrigir a subvalorização de sua moeda. Economias desenvolvidas, sobretudo os Estados Unidos, têm pressionado a China para valorizar o câmbio, mas economias emergentes como Brasil e África do Sul também estão sofrendo perda de competitividade ante a China.
Na semana passada, o Brasil indicou que poderia ajudar a Europa comprando títulos de países do Velho Continente. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, baixou as expectativas. Ele afirmou em Nova York que a Europa precisa primeiro corrigir os problemas econômicos que causam a crise financeira.
Viñals afirmou que, além da China, países desenvolvidos devem fazer a sua parte para contribuir para o reequilíbrio das economias. Isso envolve medidas que reduzem o consumo nos Estados Unidos e aumentem a poupança pública e privada.
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