Investidores temem recessão e bolsas americanas caem mais de 3%
A autoridade monetária destacou ontem, no comunicado divulgado junto com a decisão de manutenção do juro, que existem riscos de baixa significativos para a perspectiva econômica do país, "incluindo tensões nos mercados financeiros globais". Avisou ainda que vai continuar a prestar atenção de perto para a evolução da inflação e para as expectativas inflacionárias.
O Fed decidiu comprar US$ 400 bilhões em títulos com vencimento entre 6 anos e 30 anos e venderá igual quantidade de títulos com vencimento de até 3 anos. Desta forma, o banco central americano pretende reduzir os juros de longo prazo e estimular o consumo e o investimento no país.
Apesar de o Fed ter reativado a chamada “operação Twist”, com a troca de alguns títulos em seu portfólio, a avaliação do mercado é que as ferramentas para evitar uma provável recessão estão se esgotando.
O cenário pessimista para os EUA se junta ao quadro desolador da Europa, que já se arrasta há meses. Analistas dão como certa a quebra da Grécia e agora voltam as atenções para outros países endividados, como Itália e França.
Entre os indicadores do dia, o número de pedidos de seguro-desemprego caiu em 9 mil nos EUA na semana terminada dia 17, para 423 mil. O total da semana anterior foi revisado em alta, dos 428 mil anunciados originalmente para 432 mil. Analistas esperavam um declínio menor, de 8 mil pedidos.
O índice de indicadores antecedentes subiu 0,3% em agosto na comparação com julho, depois da alta revisada de 0,6% registrada em julho. O resultado, que representou a quarta alta mensal consecutiva, veio acima do aumento de 0,1% esperado.
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em baixa de 3,51%, para 10.734 pontos; o Nasdaq recuou 3,25%, aos 2.455 pontos; e o S&P 500 terminou em queda de 3,19%, aos 1.129 pontos.
As ações da HP recuaram 5,0%. A fabricante de computadores anunciou hoje que a ex-presidente do eBay, Meg Whitman, vai substituir Leo Apotheker no comando da companhia. Alcoa perdeu 6,4% e Caterpillar recuou 6,6%, refletindo a percepção dos investidores de queda na demanda por commodities e equipamentos em um quadro de recessão.
Destaque ainda para o rebaixamento do rating do Bank of America (-5,1%), Wells Fargo (-2,8%) e Citibank (-7,3%) pela Moody's. A agência afirmou que é menos provável que essas instituições recebam apoio do governo caso necessitem.
0 comentário

Dólar à vista fecha em baixa de 1,37%, a R$5,7272 na venda

Taxas curtas dos DIs têm baixas leves, e longas sobem com Focus e discurso duro de Galípolo

Casa Branca diz que está indo muito bem em possível acordo comercial com a China

Lula diz que quer "negociar com todo mundo", e não ter que escolher entre EUA e China

Narrativas falsas do MST distorcem realidade do agro brasileiro

BC está "tateando" aperto nos juros e avaliando se nível é restritivo o suficiente, diz Galípolo