Debate sobre nova ajuda a Grécia abre racha na zona do euro, diz FT
A divisão surgiu em meio às crescentes preocupações de que as necessidades de financiamento de Atenas são muito maiores do que o estimado há apenas dois meses. Os membros descontentes da zona do euro prometem desfazer o acordo alcançado após duras negociações com os portadores de bônus do setor privado em julho.
A Alemanha e os Países Baixos lideram o grupo que defende a imposição de mais perdas ao setor privado, enquanto a França e o Banco Central Europeu (BCE) resistem ferozmente a qualquer movimento nesse sentido. Eles temem que uma renegociação do acordo com os portadores de bônus possa desencadear uma nova onda de vendas das ações dos bancos europeus, que têm significativa exposição aos bônus da Grécia e de outros países da periferia da zona do euro.
Uma fonte disse ao FT que existe uma significativa divisão sobre a possibilidade de renegociar o acordo com os portadores de bônus, que poderá desencadear uma antecipação da reestruturação da dívida da Grécia. Mesmo dentro da Alemanha, as autoridades estão divididas sobre se pressionam para que os credores do setor privado aceitem um desconto (haircut) maior no valor dos bônus gregos.
“Na Alemanha existem os linha-dura e os moderados. Esta é uma posição dos linha-dura”, disse essa fonte.
Por causa da recente recessão econômica e da lentidão com que o governo grego vem executando suas medidas de austeridade, os europeus estimam que a necessidade de financiamento de Atenas para os próximos três anos cresceu para acima de 172 bilhões de euros. O tamanho exato desta diferença será determinado pelos credores internacionais nas próximas semanas.
Berlim sempre defendeu uma contribuição maior do setor privado em um novo socorro financeiro para Atenas e a insistência do governo alemão se intensificou recentemente, segundo fontes. Originalmente, os ministros das Finanças da zona do euro esperavam anunciar a liberação da próxima parcela de ajuda de 8 bilhões de euros para a Grécia na segunda-feira, mas agora uma decisão deve ser adiada até um encontro de emergência daqui a duas semanas.
Acredita-se que Berlim vai apoiar a liberação do dinheiro no final, mas uma fonte disse que alguns políticos alemães querem que os bancos aceitem um desconto maior sobre o valor de seus bônus ou renegociem a troca de títulos, de forma a levar em consideração a acentuada queda no valor dos bônus gregos desde julho.
Sob os termos do acordo de julho, os portadores de bônus concordaram em trocar ao redor de 135 bilhões em bônus que vencem até 2020 por novos bônus garantidos pela União Europeia. Este acordo implica em um desconto de 21% para cada portador de bônus, mas muitas autoridades alemãs reclamam que esse acordo beneficia demais os bancos.
0 comentário

Wall Street fecha com sinais mistos em sessão volátil com Amazon e dados de empregos em foco

Ibovespa fecha em alta com ajuda de Vale e Itaú sob holofote

Dólar volta a recuar ante o real com movimento de ajustes no Brasil e no exterior

Taxas futuras de longo prazo sobem com Treasuries e comentários de Lula em foco

Varejo tem alta em janeiro sobre um ano antes, mas serviços recuam, aponta índice da Getnet

Dólar recua em linha com emergentes em meio a sessão fraca em notícias