Fazenda em Aquidauana (MS) é invadida por 150 indígenas

Publicado em 28/11/2014 14:48

Desde as 4h de hoje (28) cerca de 150 indígenas Terena de sete aldeias ocupam área da fazenda Maria do Carmo, no distrito de Taunay, em Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande. A proprietária Salma Salomão Saigale, 74 anos, afirma que os índios invadiram o local armados com revólveres e disparando. Esta semana a proprietária havia comunicado à Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) a ameaça. A associação, por sua vez, alerta à Polícia Federal sobre o risco da invasão, o que acabou acontecendo na madrugada de hoje.

Para Francisco Maia, presidente da Acrissul, o risco de um confronto violento no campo é iminente nessas áreas envolvendo indígenas e fazendeiros. “Já passou da hora o governo federal resolver essa situação. Desde o ano passado já participamos de mais de 30 reuniões e audiências públicas em Campo Grande (MS) e em Brasília (DF), principalmente tratando do conflito envolvendo a Aldeia Buriti, em Dois Irmãos do Buriti, e o ano está acabando e as autoridades envolvidas não conseguem pacificar o assunto e resolver o conflito”, desabafa Maia.

Para o ruralista, “chega uma hora em que a paciência de todo mundo acaba porque a solução não chega e o risco de um conflito armado entre indígenas e fazendeiros é cada vez mais uma possibilidade concreta”, alerta.

A solução que vinha sendo discutida para a Aldeia Buriti tornou-se uma referência para resolver os conflitos agrários entre índios e fazendeiros de todo o Mato Grosso do Sul e que seria levada para o restante do País. Mas, até agora o governo federal não definiu o montante da indenização da terra nua e das benfeitorias que será pago aos proprietários, o que tem travado as negociações.  

Para resolver a situação no Distrito de Taunay, os índios querem a presença de autoridades. Eles pedem para conversar com a proprietária da fazenda, que está em Campo Grande. Com medo, Salma disse que não pretende ir até o local e pede a presença da polícia para reprimir a ocupação. 

“Nós pedimos que mandem polícia para lá, porque os índios estão atirando e estou com muito medo”, disse a proprietária da área, que foi identificada como terra indígena, mas teve os estudos anulados e processo de demarcação suspenso em 2010. 

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Fonte:
Acrissul

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