Preços da soja avançam com falta de chuvas no Brasil e na Argentina
O temor em relação ao clima seco nos em importantes países produtores como o Brasil e a Argentina é o que tem sustentando as cotações nos últimos dois dias. Qualquer redução na oferta da safra da América do Sul poderia ser um sinal de maior demanda para o produto norte-americano e também uma redução nos estoques mundiais, fatos que impulsionam o mercado.
"O mercado lá fora começa a olhar, timidamente, para a América do Sul porque ele tem a memória do ano passado. Em 2010, nesta mesma época, nós tivemos chuvas abaixo do normal no Rio Grande do Sul e na Argentina, mas no final das contas, essa região colheu uma safra recorde. Então, o mercado está muito ressabiado, pois não está muito disposto a apostar todas as fichas ao mesmo tempo", explica o analista de mercado Flávio França, da agência Safras & Mercado.
Porém, o mercado deverá sentir um impacto mais efetivo nos primeiros meses de 2012, uma vez que, nas próximas semanas de dezembro e janeiro, o clima é tradicionalmente mais seco.
O dia positivo no mercado financeiro também está trazendo um novo fôlego para que o mercado encerre a semana com boas altas e mais, garantindo o patamar dos US$ 11 por bushel. As bolsas de valores operaram em alta, o petróleo e demais commodities também agiram como fatores positivos para os preços.
Por outro lado, as baixas exportações norte-americanas ainda preocupam os traders e limitam, mesmo que levemente, o avanço dos preços. Há algumas semanas, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em seu relatório de registro de exportações, vem reportando dados de um desempenho abaixo do esperado para as vendas dos Estados Unidos.