Soja tem pregão volátil e fecha terça-feira em campo misto
Publicado em 13/11/2012 18:09
e atualizado em 14/11/2012 03:08
Após uma sessão bastante volátil e depois de alternar entre os campos positivo e negativo, os futuros da soja terminaram a terça-feira (13) em território misto. Os principais vencimentos ficaram no azul, com o novembro subindo mais de 15 pontos, e as posições de mais longo prazo fechando o pregão no vermelho.
Nas últimas sexta (9) e segunda-feira (12), os futuros da soja negociados na CBOT registraram fortes perdas sentindo uma pressão negativa com a indicação de um aumento de oferta feita pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último relatório de oferta e demanda. O incremento surpreendeu o mercado e os negócios ainda caminham sobre um viés negativo refletindo esses números.
Entretanto, como vem sendo dito por alguns analistas, apesar desse aumento da oferta, o mercado ainda conta com uma demanda bastante ativa e que não dá sinais de racionamento.
Confirmando esse cenário, os embarques semanais de soja dos Estados Unidos totalizaram, na semana encerrada no dia 8 de novembro, 1,74 milhão de toneladas, enquanto na semana passada foram 1,63 milhão. Neste mesmo período do ano passado, o total embarcado foi de 1,472 mihão. Já no acumulado deste ano-safra, o volume é de 11.818,24 milhões de toneladas 8.553,5 milhões da temporada anterior.
Mesmo com uma recuperação parcial da safra dos Estados Unidos, os estoques ainda são severamente baixos e a procura por soja não deve diminuir, já que as recentes baixas nos preços deverão torná-la mais atrativa, incentivando ainda mais a volta dos compradores ao mercado.
Como explicou Daniel D'Ávilla, porém, a China tem realizado suas compras no mercado interno e isso também acaba pressionando os preços e limitando as possibilidades de o preços voltarem a subir de forma sustentada. Segundo o analista de mercado da New Edge Corretora, a nação asiática "não tem pressa em fazer suas compras e mais ainda tem interesse em que os preços caiam nesse momento".
Outro fator que pressiona os preços são as boas expectativas sobre a nova safra da América do Sul. As condições climáticas no Brasil são favoráveis e, com isso, a oferta deverá ficar ainda menos desconfortável com a entrada da soja sulamericana. Entretanto, ainda é preciso atenção com a produção na Argentina, que tem apenas 11% de sua safra plantada.
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta terça-feira:
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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