Grãos: Após fortes altas, soja opera em baixa nesta quinta-feira

Publicado em 31/01/2013 09:58 e atualizado em 31/01/2013 14:20
Após encerrar o pregão de ontem (30) com altas de mais de 20 pontos na Bolsa de Chicago, os futuros da soja encontraram um patamar de resistência na sessão noturna e iniciaram um movimento de realização de lucros nesta quinta-feira (31). Por volta das 10h50 (horário de Brasília) os principais contratos operam com mais de 8 pontos de baixa. 

Para o operador de mesa da Corretora McDonald Pelz, Flávio Oliveira, as cotações futuras da soja encontram um suporte no patamar de US$ 14,80 por bushel. E o mercado precisa romper esse nível para buscar os US$ 15 por bushel, relata o operador.

O foco do mercado ainda é a incerteza climática no hemisfério sul e a demanda pela soja norte-americana que permanece aquecida. No Brasil, devido o alto índice de umidade o estado do Mato Grosso o estado registra um atraso na colheita e há dificuldades em escoar a produção. Além disso, os problemas logísticos também agravam esse cenário. E no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul, as lavouras sofrem com dias de clima seco, o que também prejudica o desenvolvimento. 

Na Argentina a previsão é de chuva para o final de semana, no entanto, a estimativa para os próximos 10 dias é tempo seco e com elevadas temperaturas. “E o mercado já trabalha com uma redução na safra argentina, a expectativa é que a produção alcance 50 milhões de toneladas, e não 55 milhões de toneladas previstas inicialmente”, afirma o operador. 

Por outro lado, com a entrada da safra brasileira no mercado os preços tendem a ficar pressionados em Chicago, mas deverá ser uma pressão apenas pontual. “Agora por quanto tempo pode pressionar é difícil prever, e daqui a pouco o foco do mercado será o plantio da safra norte-americana nos EUA. E também temos que ver como a demanda por parte da China vai se comportar”, ressalta Oliveira.

Em decorrência desse cenário, a tendência é de cotações suportadas haja vista a expectativa do mercado é que essa seja mais uma semana de grandes volumes de soja comercializadas dos EUA para a China, segundo diz o operador. 

Já o mercado do milho busca um direcionamento, segundo destaca Oliveira. “O mercado está um movi mento técnico bastante importante de US$ 7,35 por bushel para o vencimento março. Os EUA não têm vendido muito milho, mas a demanda interna está firme, principalmente, pelo setor de carnes. E os prêmios no mercado doméstico também estão aquecidos, então a tendência também é de preços suportados”, ressalta.
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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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