Chicago: Após as altas, fundos liquidam suas posições
Publicado em 01/03/2013 10:56
e atualizado em 01/03/2013 14:31
Os futuros da soja negociados em na Bolsa de Chicago operam do lado negativo da tabela na manhã desta sexta-feira (01). Após ter encerrado a última sessão em alta, os preços recuam por um movimento de correção técnica. Outro fator que também estaria exercendo pressão negativa sobre os preços futuros são os números ruins da economia chinesa. Por volta das 14h30 (horário de Brasília) os principais contratos registravam dois dígitos de queda. O vencimento maio, referência para a safra brasileira trabalhava a US$ 14,38/bushel.
O analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia, o mercado tem alternado altas e baixas desde meados de outubro de 2012, trabalhando entre US$ 13,50 e US$ 15/bushel. E depois de cada alta, os fundos observando que o cenário pode ser diferente no segundo semestre, acabam garantindo lucros.
“Principalmente, pelas incertezas ligadas a oferta na América do Sul e no hemisfério norte. No curto prazo os fundamentos são altistas, mas os especuladores garantem os lucros quando podem”, ratifica Cachia.
E diante dos baixos estoques norte-americanos de soja, o analista destaca que nas próximas semanas o mercado internacional de grãos pode tentar ultrapassar a barreira técnica e psicológica dos US$ 15/bushel, uma vez que os Estados Unidos precisará racionar a demanda pelo produto. “O movimento será importante para limitar a demanda agressiva que estamos vendo para a soja dos EUA”, afirma.
Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que as vendas liquidas semanais de soja dos EUA da temporada 2012/13 somaram 689.000 mil toneladas na semana encerrada no dia 21 de fevereiro. E o principal comprador tem sido a China, com 474.800 mil toneladas.
De acordo com o analista, os países compradores têm adquirido a soja norte-americana para se protegerem dos atrasos dos embarques da soja pelos portos brasileiros. “Com esses problemas logísticos no Brasil, faz com que os compradores busquem como garantia alguma soja nos EUA. E no ritmo que as exportações norte-americanas seguem o país terá que abrir mão do mercado externo para atender a demanda interna”, sinaliza Cachia.
Além disso, o mercado deve começar a observar o plantio da safra 2013 nos Estados Unidos. Ainda segundo o analista, irá ocorrer uma disputa entre as áreas de plantio de soja e milho no país. E para atrair os produtores, os dois produtos acabam exercendo pressão positiva nos preços das duas commodities.
“Vemos no primeiro semestre uma tendência mais altista, mas sem dúvidas a tendência em longo prazo é baixista. Se o clima for favorável ao plantio nos EUA, e com a disponibilidade do produto ficando maiores com as produções da América do Sul, os preços tendem a ficar mais baixos, mas tudo irá depender do clima”, acredita Cachia.
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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas
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