Chicago: Com oferta escassa nos EUA, soja fecha o dia em alta
Publicado em 11/03/2013 19:25
Nesta segunda-feira (11) os futuros da soja fecharam a sessão do lado positivo da tabela. Após um pregão com bastante volatilidade as cotações encerraram o dia com pequenas altas entre 3,25 e 8,50 pontos. Com os baixos estoques de soja nos EUA, a demanda aquecida pelo grão norte-americana permanece exercendo influência positiva nos preços futuros.
Segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o Brasil e Argentina não têm condições de atender a demanda mundial pela soja que segue firme. E essa situação acaba refletindo nas cotações em Chicago.
Os problemas logísticos brasileiros têm atrasado a entrada efetiva da safra no mercado internacional. Fator que tem feito com que muitos compradores que precisam do grão busquem o produto em outras origens. Por outro lado, a demanda chinesa continua aquecida devido às margens de esmagamento de soja positivas.
O consultor destaca que os portos no Brasil só conseguem exportar a soja contratada nos meses de agosto e setembro de 2012, período em que o grão registrou preços recordes. A tendência é que, novos contratos sejam feitos somente a partir de junho. E consequetemente, a demanda imediata deve ser suprida pelos EUA.
“Os embarques de soja norte-americanos continuam em ritmo acelerado, o país está chegando próximo dos números de exportação projetados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Hoje, o relatório de inspeções semanais apontou que 87% da soja programada já estaria efetivada e a média histórica para o período é de 72%. O ano comercial dos EUA só termina em agosto”, afirma Brandalizze.
Além disso, com os baixos estoques norte-americanos, o país pode ter que importar soja brasileira ou argentina, no segundo semestre, para atender a demanda interna e externa, conforme relata Brandalizze.
Diante desse cenário, a tendência é que mercado opere com cotações mais firmes durante o mês de março, segundo diz o consultor. E com a demanda aquecida, o contrato maio/13 pode ultrapassar o patamar de resistência de US$ 15/bushel.
“O espaço acima de US$ 15/bushel é pequeno, não haverá uma evolução maior do que US$ 15 ou US$ 15,10, pois acima desse nível o mercado fica técnico e poderemos ter uma pressão de venda para obtenção de lucros. Então o mercado tem fôlego para subir, porém tem uma limitação de alta”, acredita Brandalizze.
Por outro lado, o consultor sinaliza que o mercado de internacional de grão pode trabalhar com preços mais baixos no segundo semestre, caso o clima no hemisfério norte for favorável no início do plantio da safra norte-americana.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas
0 comentário

Soja: Produtor brasileiro tem que seguir escalonando vendas de soja para aproveitar momentos do mercado

Soja tem balanço semanal positivo em Chicago, com preços testando mais elevados patamares em dois meses

Produtores de soja do Paraguai enfrentam 'tobogã' na guerra tarifária

Brasil tem semana de bons negócios com a soja no Brasil; altas em Chicago compensam queda do dólar

Soja fecha com altas de dois dígitos em Chicago, motivada por disparada do óleo nesta 5ª feira

No Senado, CNA debate moratória da soja